ATA DA DÉCIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 23-02-2011.
Aos vinte e três dias do mês de fevereiro do ano de
dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato,
Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói
Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho
Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Sofia Cavedon.
Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os
trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell,
Alceu Brasinha, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal,
Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario
Fraga, Mario Manfro, Mauro Zacher, Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra, Toni
Proença e Waldir Canal. Após, foram
apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pela senhora Presidenta,
solicitando autorização para representar externamente este Legislativo: nº
001/11 (Processo nº 0639/11), de autoria do vereador Beto Moesch, nos dias
vinte e quatro e vinte e cinco de fevereiro do corrente, em Reunião do Comitê
de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, no Município de Caxias do
Sul – RS –; nº 013/11, de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, amanhã, em
Reunião Extraordinária do Comitê de Habitação do Conselho das Cidades, no
Ministério das Cidades, em Brasília – DF –; e s/nº, de autoria da vereadora
Fernanda Melchionna, hoje, no painel “Programas e Projetos 2011”, que integra a
Semana de Formação Continuada para a Rede Municipal de Ensino, no Município de
Santo Antônio da Patrulha – RS. A seguir, foi apregoado Requerimento de
autoria do vereador Beto Moesch, Vice-Líder da Bancada do PP, solicitando, nos
termos do artigo 218, § 6º, do Regimento, Licença para Tratamento de Saúde para
o vereador João Antonio Dib, nos dias vinte e um e vinte e dois de fevereiro do
corrente. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 1186249, 1193020,
1193121, 1194628, 1194642, 1195560, 1197272, 1201108, 1243839 e 1247861/10,
000054, 003214, 005835 e 009138/11, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da
Saúde. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram
aprovadas as Atas da Segunda, Terceira, Quarta e Quinta Sessões Ordinárias, da Primeira
Sessão Especial e da Primeira e Segunda Sessões Extraordinárias e a Ata
Declaratória da Primeira Sessão Ordinária. Após, foram apregoadas a
Emenda nº 04, de autoria do vereador Pedro Ruas, Líder da Bancada do PSOL, e a
Subemenda nº 01, de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, Líder da Bancada
do PT, à Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 057/10 (Processo
nº 4236/10). Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Aldacir José Oliboni, pela oposição. Em continuidade, constatada
a existência de quórum deliberativo, foram aprovados os seguintes
Requerimentos, referentes ao Projeto de Lei do Executivo nº 057/10: de autoria
do vereador Dr. Thiago Duarte, solicitando que a Emenda nº 04 fosse dispensada
do envio à apreciação de Comissões Permanentes e solicitando votação em
destaque para essa Emenda; e de autoria do vereador Aldacir José Oliboni, solicitando que a Subemenda nº 01 à Emenda
nº 01 fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Às
quatorze horas e trinta e dois minutos, constatada a existência de quórum, foi
iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foram apreciados conjuntamente e aprovados
os Requerimentos nos
001 e 002/11 (Processos nos
0165 e 0570/11, respectivamente). Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o
Projeto de Lei do Executivo nº 057/10 (Processo nº 4236/10), após ser
encaminhado à votação pelos vereadores Carlos Todeschini, Aldacir José Oliboni, este pela oposição, Pedro Ruas, Elói
Guimarães, Luciano
Marcantônio,
Reginaldo Pujol, Dr. Raul Torelly, João Carlos Nedel e Paulinho Rubem Berta. Na
oportunidade, os vereadores Dr. Raul Torelly e João Antonio Dib formularam
Requerimentos verbais, deferidos pela senhora Presidenta, solicitando
verificação de votação para os Requerimentos de dispensa do envio à apreciação
de Comissões Permanentes, respectivamente, da Emenda nº 04 e da Subemenda nº 01
aposta à Emenda nº 01 ao Projeto de Lei do Executivo nº 057/10, tendo-se
manifestado a respeito os vereadores Mario Fraga, Aldacir José Oliboni, Dr. Raul Torelly e João Antonio Dib. Em
verificação de votação, foi aprovado o Requerimento de autoria do vereador Dr. Thiago Duarte, referente à dispensa do envio da Emenda nº 04
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 057/10 à apreciação de Comissões
Permanentes, por treze votos SIM, onze votos NÃO e quatro ABSTENÇÕES, tendo
votado Sim os vereadores Aldacir José Oliboni, DJ Cassiá, Elói Guimarães,
Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher,
Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Tarciso Flecha Negra e Toni
Proença, votado Não os vereadores Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Dr. Raul
Torelly, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz,
Mario Manfro, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e optado pela
Abstenção os vereadores Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Maria Celeste
e Pedro Ruas. Em verificação de votação, foi aprovado o Requerimento de autoria
do vereador Aldacir José Oliboni, referente à dispensa do envio da Subemenda nº
01 aposta à Emenda nº 01 ao Projeto de Lei do Executivo nº 057/10 à apreciação
de Comissões Permanentes, por vinte e um votos SIM, um voto NÃO e sete
ABSTENÇÕES, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José
Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr.
Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim,
João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro
Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Tarciso Flecha Negra
e Toni Proença, votado Não o vereador João Carlos Nedel e optado pela Abstenção
os vereadores Dr. Raul Torelly, Luiz Braz, Mario Manfro, Pedro Ruas, Professor
Garcia, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo. Na oportunidade, em face de Questão
de Ordem formulada pelo vereador Pedro Ruas, a senhora Presidenta prestou
esclarecimentos acerca das normas regimentais para solicitação de votação em
destaque de Emendas apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 057/10. Também, o
vereador Sebastião Melo manifestou-se acerca da apreciação, por esta Casa, do
Projeto de Lei do Executivo nº 057/10. Às quinze horas e onze minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e
vinte e três minutos, constatada a existência de quórum. Após, o vereador
Engenheiro Comassetto manifestou-se acerca da Subemenda nº 01 à Emenda nº 01
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 057/10 e o vereador Mauro Pinheiro
manifestou-se acerca da posição assumida pela Bancada do PT com relação à
votação desse Projeto. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 04
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 057/10, por sete votos SIM, vinte e
três votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação pelos vereadores
Dr. Thiago Duarte, como autor do Requerimento de votação em destaque, Luiz
Braz, Reginaldo
Pujol,
Sebastião Melo, Mauro Zacher e Engenheiro Comassetto, em votação nominal
solicitada pelo vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os vereadores Bernardino
Vendruscolo, Dr. Thiago Duarte, João Carlos Nedel, Professor Garcia, Reginaldo
Pujol, Sebastião Melo e Toni Proença, votado Não os vereadores Adeli Sell,
Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de
Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria
Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem
Berta, Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e optado pela Abstenção
o vereador Carlos Todeschini. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de
Lei do Executivo 057/10, por vinte e sete votos SIM e cinco votos NÃO, em
votação nominal solicitada pelo vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os
vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago
Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim,
João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario
Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Paulinho Rubem Berta,
Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni
Proença e Waldir Canal e Não os vereadores Elói Guimarães, Fernanda Melchionna,
Maria Celeste, Nilo Santos e Pedro Ruas. Foi rejeitada a Subemenda nº 01 à
Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 057/10, por quatro votos
SIM, vinte e quatro votos NÃO e cinco ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada
pelo vereador Luiz Braz, tendo votado Sim os vereadores João Carlos Nedel, Luiz
Braz, Mario Manfro e Reginaldo Pujol, votado Não os vereadores Adeli Sell,
Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Todeschini, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro
Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Luciano
Marcantônio, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir
Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra,
Toni Proença e Waldir Canal e optado pela Abstenção os vereadores Beto Moesch,
Dr. Thiago Duarte, João Antonio Dib, Professor Garcia e Sebastião Melo. Foi
aprovada a Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 057/10. Foi aprovado
o Projeto de Lei do Executivo nº 057/10, por trinta e três votos SIM, em
votação nominal solicitada pelo vereador Mario Fraga, tendo votado os
vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago
Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda
Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho
Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo,
Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. Na ocasião, o vereador Nilo
Santos informou os motivos da ausência do vereador DJ Cassiá durante a votação
do Projeto de Lei do Executivo nº 057/10, destacando que esse vereador
manifestou sua intenção de votar favoravelmente a esse Projeto. Também, a
senhora Presidenta prestou esclarecimentos, em face de Questões de Ordem e
manifestações formuladas pelo vereador Pedro Ruas e pela vereadora Fernanda
Melchionna, acerca da prejudicialidade da Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei
do Executivo nº 057/10, tendo em vista Parecer Conjunto pela rejeição recebido de
Comissões Permanentes; pelo vereador Dr. Thiago Duarte, acerca do teor da
Emenda nº 04 aposta a esse Projeto; e pelo vereador Pedro Ruas, acerca da
impossibilidade regimental de encaminhamento à votação de Emendas não
destacadas. Às dezesseis horas e quarenta e três minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e quarenta e nove
minutos, constatada a existência de quórum. Em Discussão Geral, 1ª Sessão,
esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/10 (Processo nº 1387/10). Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 043/10
(Processo nº 3950/10), após ser discutido pelo vereador Reginaldo Pujol. Às
dezesseis horas e cinquenta e seis minutos, a senhora Presidenta declarou encerrada
a Ordem do Dia. Após, o vereador João Antonio Dib manifestou-se acerca do
Requerimento nº 001/11. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores
João Antonio Dib, Maria Celeste, Alceu Brasinha, Dr. Thiago Duarte e Reginaldo
Pujol. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Lei do
Legislativo nº 006/11, discutido pelos vereadores Dr. Raul Torelly, Reginaldo Pujol e Dr. Thiago Duarte. Na
oportunidade, o vereador Luiz Braz manifestou acerca das atividades
desenvolvidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito constituída com a finalidade de
apurar a contratação de entidades privadas para gerir o Programa ProJovem da
Secretaria Municipal da Juventude (Processo nº 4418/10), informando que não ocorrerá
a visita à 2ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre, agendada por essa Comissão
para o dia de amanhã. Às dezessete horas e quarenta e sete minutos, nada mais
havendo a tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos
vereadores DJ
Cassiá e Toni
Proença e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a
presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º
Secretário e pela senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito a abertura do painel eletrônico para o início desta Sessão Ordinária. (Pausa.) (Após a verificação de quórum.) Havendo quórum, coloco em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Atas das 2ª, 3ª, 4ª, 5ª Sessões Ordinárias; da Ata Declaratória da 1ª Sessão Ordinária; da Ata da 1ª Sessão Especial; da Ata da 1ª Sessão Extraordinária e da Ata da 2ª Sessão Extraordinária. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.
O Sr. 1º Secretário procederá à leitura das
proposições apresentadas à Mesa.
O SR. 1º SECRETÁRIO (Toni Proença): (Lê as proposições apresentadas à Mesa.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Toni Proença. Cumprimento todos
vocês, funcionários municipais, funcionários do Hospital Porto Alegre, sejam
bem-vindos à Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
O
Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para uma Comunicação de Líder,
pela oposição.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadoras, colegas
Vereadores, trabalhadores do Hospital Porto Alegre, municipários, público que
acompanha a Sessão de hoje, sejam bem-vindos.
Eu queria, inicialmente, neste espaço de Liderança
de oposição, do PT, do PSOL, do PSB, fazer um apelo ao Governo, mais
precisamente ao Líder do Governo, o Ver. João Antonio Dib. Meu nobre colega
Vereador, é deprimente, é desanimador quando nós, políticos, não conseguimos
reverter algumas coisas que são caracterizadas como assédio moral. A
perseguição a um trabalhador do quadro do funcionalismo tem que ser condenada
por nós, Vereadores. E, por incrível que pareça, nessa semana, aconteceu uma
perseguição, eu diria de forma clara e precisa, com característica de assédio
moral, a um servidor do SAMU aqui em Porto Alegre, mais precisamente no HPS. O
Sr. Paulo - por uma questão óbvia, eu não direi todo o nome dele, para não
querer publicizar demais, mas o Secretário da Saúde sabe quem é o Sr. Paulo -,
um trabalhador da Saúde há mais de 15 anos e do SAMU do HPS há mais de 10 anos,
foi afastado sem nenhuma justificativa desse setor e hoje está no “Ministério
do Ar”. Não é justo que um trabalhador se identifique com um Partido diverso do
setor em que trabalha ou que discorde do setor por algum motivo e que
simplesmente, por discordar da atitude daquela instituição, seja afastado do
seu local de trabalho.
Eu venho usar o período de Liderança, pela
oposição, para fazer um apelo ao Governo, porque isso não se faz. Se provarem
para nós que o PT fez isso alguma vez, nós vamos ser duros e condenar nossa
atitude. Cheguei a fazer um apelo ao Secretário por telefone, e ele disse que
aceitava conversar. Eu acho que essa tramitação tem que ser feita com o Líder
do Governo, para que esse trabalhador volte à sua unidade de origem para
trabalhar normalmente. Até porque, Ver. Cecchim, já há uma ação anterior a essa
dizendo que ele deve permanecer no setor, porque ele está estudando no período
da noite, portanto não tem como ele trabalhar, nesse mesmo período, em outro
lugar. Então, faço um apelo ao Secretário da Saúde, Dr. Casartelli, para que
reveja a sua posição e para que o Paulo volte ao seu trabalho normal no SAMU.
É uma obrigação nossa, enquanto Vereadores,
independente de Partido, condenar essas atitudes de alguns governantes que
acham que são donos do pedaço. Porque são Secretários, ou Prefeitos, ou
Vice-Prefeitos, ou Deputados, ou Vereadores, acham que podem, com a caneta -
como fazem nas suas famílias, não estou dizendo que é o caso, ou em algum outro
lugar -, simplesmente tirar as pessoas dos seus setores, depois de um longo
aperfeiçoamento que esses trabalhadores têm nas suas áreas, nas suas funções.
Ver. Carlos Todeschini, V. Exª sabe bem quem é esse trabalhador. Então, cabe
esse registro, até para não passar em branco, para que o Governo reveja a
posição e o Paulo volte a atuar no SAMU, numa profissão que ele ama tanto. Ele
merece estar nesse espaço, pela sua dedicação e pelo seu trabalho. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação os Requerimentos que solicitam dispensa
do envio da Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLE nº 057/10 e da Emenda nº 04
ao PLE nº 057/10 à apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que os aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADOS.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 14h32min): Havendo
quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
Apregoamos o Requerimento nº 001/11, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, com o seguinte teor: “Requeiro a Vossa Excelência, na
forma do estabelecido no art. 181 do Regimento, ouvido o Plenário, que no
período destinado a Comunicações do dia 23 de maio de 2011 seja homenageado o
Jornal do Comércio pelo transcurso dos seus 78 anos de fundação, oportunidade
em que ocorrerá a entrega do Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre, concedido
à Cia. Jornalística J. C. Jarros - Jornal do Comércio -, por meio da Resolução
nº 2.211, de 27 de dezembro de 2010. Sala das Sessões, 07 de janeiro de 2011”.
Apregoamos o Requerimento nº 002/11, de autoria do
Ver. Dr. Thiago Duarte, com o seguinte teor: “O Vereador que este subscreve
requer a Vossa Excelência, com fundamento no art. 181 do Regimento da Câmara
Municipal de Porto Alegre, que, após os trâmites regimentais, seja realizado,
no dia 18 de abril de 2011, às 13h30min, período de Comunicações destinado a
homenagear o Dia do Exército Brasileiro, conforme exposição de motivos em
anexo. Sala das Sessões, 08 de fevereiro de 2011”.
REQUERIMENTOS - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 001/11 – (Proc. nº 0165/11 – Ver. João Antonio Dib) – requer seja o
período de Comunicações do dia 23 de maio destinado a assinalar o transcurso
dos 78 anos de fundação do Jornal do Comércio.
REQ.
Nº 002/11 – (Proc. nº 0570/11 – Ver. Dr. Thiago Duarte) – requer seja o
período de Comunicações do dia 18 de abril destinado a assinalar o transcurso
do Dia do Exército Brasileiro.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o bloco composto pelos Requerimentos nºs 001/11 e
002/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 4236/10 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 057/10, que
autoriza o Poder Executivo a firmar contrato com o Instituto de Previdência do
Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS) para a prestação de serviços de
assistência médico-hospitalar e laboratorial. Com Emendas nos 01,
02, 03 e 04.
Parecer Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral Ver. Dr. Raul
Torelly: pela aprovação do Projeto, das Emendas nos 01 e 03 e pela
rejeição da Emenda nº 02.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 30-12-10.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 057/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação
o PLE n° 057/10. (Pausa.) O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE n° 057/10.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sra Presidente, Verª Srª Sofia Cavedon; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores; ao público municipário presente neste momento, em
especial aos servidores do Município de Porto Alegre, aos representantes da
AFM, o nosso boa-tarde, a nossa saudação! Nós estamos aqui num momento de
júbilo, num momento muito importante, porque, com certeza, esta iniciativa do
Governo, de proporcionar o conveniamento com o IPE, é extraordinária, e o IPE,
se não for o melhor plano de saúde do mercado, é, com certeza, dos melhores.
Posso falar disso porque sou beneficiário do IPE através da minha esposa. O
IPE, sem dúvida, é um “sonho” de Previdência, é um “sonho” de sistema de amparo
à saúde.
Foi feita uma tentativa de conveniamento, não
lembro se em 1999 ou 2000, na época em que Olívio Dutra estava à testa do
Estado, mas foi negado, creio eu, por equívocos e pelo oportunismo de alguns
que quiseram tirar vantagem política, que, assim, deixaram por mais de dez anos os servidores sem um plano decente. Felizmente, agora, há a iniciativa
do Executivo, que vai proporcionar, sim, um belíssimo plano de saúde para os
nossos servidores. Evidentemente, nós queremos aqui reconhecer a existência da
AFM, do Hospital Porto Alegre, que tem um trabalho importante também, que não
pode ser desprezado, que não pode ser desconhecido. O Município tem que tomar
as medidas, e aqui nós temos algumas Emendas que garantem a transição, garantem
que o Hospital, que oferece um importante serviço, continue aberto aos
servidores, mas permitindo àqueles que podem e querem optar pelo IPE a
transição. Essa é uma questão importante, uma encruzilhada, creio que nós vamos
aprovar essa matéria por ampla maioria, talvez até por unanimidade, mas é sem
dúvida um avanço, um conforto e uma oportunidade sem precedentes que têm que
ser muito comemorados. (Palmas.)
Como é
encaminhamento, aproveito, nosso Líder, Ver. Mauro Pinheiro, e falo em nome da
nossa Bancada, para dizer que essa construção vem tarde, mas vem e, agora,
também, com a iniciativa do Executivo. Por isso creio que podemos aprovar essa
matéria quem sabe por unanimidade. Essa iniciativa que vem do Prefeito é
extraordinária, porque há muito tempo os servidores do Município de Porto
Alegre esperam e merecem ter um instituto do tamanho do IPE, que tenha a oferta
de serviços, que tenha a qualidade, que tenha a eficácia.
Há poucos dias, muito
se discutiu aqui a questão de nós termos o Instituto municipal, que poderia ser
uma fundação privada, ou poderia ter uma vinculação estatutária, e a maioria
aqui fez a opção pelo não vínculo e por uma contratação celetista. No entanto,
o IPE é uma autarquia pública, estatutária, vinculada, é um órgão de Estado e
funciona de maneira excelente, exemplar. Então, estaremos todos de parabéns se
pudermos, e eu creio que nós vamos fazer isto, aprovar esta matéria por
unanimidade. Parabéns, municipários. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB (Requerimento): Srª Presidente, requeiro a V. Exª que a Emenda nº
04 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLE nº 057/10, que entraram agora,
sejam encaminhadas às Comissões Conjuntas para exame. Elas são tão importantes
e relevantes para o debate do Projeto, que até a discussão já foi dispensada.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. João Antonio Dib, eu coloquei em votação a
dispensa do envio da Emenda e da Subemenda às Comissões, consultei o Plenário,
que concordou. Nós teríamos que invalidar essa votação, Ver. João Antonio Dib.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, eu não vi ser colocada em votação, portanto tenho
direito de pedir verificação de votação.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está bem, Ver. João Antonio Dib, só pergunto à DL
se a verificação da votação será na mesma Sessão.
Esclareço aos Vereadores que tivemos uma fala de
Liderança, abrimos a Ordem do Dia, eu insisti que estava em discussão. Nenhum
Vereador se inscreveu na discussão; nós abrimos para votação e estamos nos
encaminhamentos. Ainda chamei a atenção de V. Exas de que estávamos
discutindo o Projeto do IPE. O Ver. João Antonio Dib não perde o direito. Eu só
aguardo a posição da DL, se precisa ser por escrito.
O Ver. Dib solicita verificação de votação do
Requerimento que solicita dispensa do envio da Subemenda nº 01 à Emenda nº 01
ao PLE nº 057/10 às Comissões, para Parecer. Com base no art. nº 175, Vereador,
em relação à votação simbólica: a requerimento de Vereador ou de ofício, pelo
Presidente, as votações simbólicas
poderão ser verificadas nominalmente. Primeiro, vou ler a Emenda. Ver. Dib, só
não temos condição para debate, vamos verificar a votação. O senhor está
solicitando a leitura da Emenda nº 04, vou ler a Emenda, depois o senhor me diz
qual é a outra.
O SR. MARIO
FRAGA: Presidente, estamos fazendo todo esse movimento no momento em que
estava sendo encaminhada a votação do Projeto. Só quero esclarecer para a Casa
que estamos fazendo isso neste momento.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está bem, Vereador, estamos em votação. De fato, o
entendimento desta Presidência é de que o Ver. Dib tem direito. Nós estamos
encaminhando; não estamos votando, não está aberto o painel. Estamos
encaminhando a votação. Então, vou fazer a leitura, nós temos ainda a
verificação, o Ver. Dib solicita a verificação de votação, isso está previsto
no Regimento.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Com todo respeito, nobre Presidente, eu estava observando, no início da
Sessão, na abertura dos trabalhos, que V. Exª colocou em votação a dispensa do
envio às Comissões. Eu estava ouvindo, está nos Anais, portanto já foi votada a
dispensa. A Emenda e a Subemenda, inclusive, são a grande discussão do Projeto
de Lei, para ampliar os prazos para o Hospital Porto Alegre, mas não está sendo
dado... Por isso faço o registro novamente: já foi votada a dispensa do envio,
e as Emendas têm que estar no corpo do Projeto.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Oliboni, V. Exª estava atento, eu sei, mas o
Requerimento tem amparo no Regimento. Em uma votação nominal, há amparo para se
requerer a verificação de votação, e essa votação, senhoras e senhores, precede
a votação do Projeto, porque se trata de uma Emenda que prejudica ou não,
modifica ou não o Projeto.
Vou ler a Emenda nº 04, com calma, para V. Exas
se posicionarem sobre a necessidade ou não de Parecer das Comissões para esta
Emenda. (Lê.) “Inclui no art. 4º do PLE nº 057/10 parágrafo único, conforme
segue: ‘O Convênio mantido pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre com o
Hospital Porto Alegre, baseado na Lei Orgânica do Município, art. 49, e Lei
Complementar nº 133, artigos 93 e 95, que seja mantido para atender à saúde dos
municipários que não aderirem aos serviços objeto desta lei.” A Emenda é
assinada por vários Vereadores. Não vou listar um, porque farei injustiça aos
demais, ou justiça, conforme a avaliação de cada um.
O SR. PEDRO
RUAS (Questão de Ordem): Eu faço uma consulta à Mesa no seguinte sentido: eu
posso requerer a votação destacada das quatro Emendas? Eu sei que para uma já
há Requerimento, mas, em relação às outras três Emendas, se eu puder, consulto
a Mesa, quero fazer o Requerimento neste momento.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Pelo Regimento, não é possível mais o destaque,
Ver. Pedro Ruas. Ele está previsto até o momento da discussão.
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Vereadora-Presidente, queria incluir, na solicitação do Ver. Dib, a
verificação de votação da Emenda nº 04, que foi lida agora.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sim, mas nós vamos fazer uma a uma a dispensa, Dr.
Raul, porque são conteúdos diferenciados.
(Aparte antirregimental do Ver. João Antonio Dib.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Subemenda nº 01, de V. Exª, é a que virá na
sequência.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, V. Exª colocou em votação as duas, a Subemenda e a
Emenda. E o Requerimento que eu fiz foi de verificação da votação das duas,
portanto podem ocorrer simultaneamente, não precisa perder tempo.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O nosso Diretor-Geral me orienta, Ver. Dib, que,
como é para verificação da apuração de votação, eu devo fazer individualmente.
Vamos fazer a verificação de votação do
Requerimento de dispensa do envio às Comissões da Emenda nº 04. Esclareço que o
“sim” concorda com a dispensa do envio às Comissões, para parecer; e não
concordam com a dispensa os Vereadores que votarem “não”. Solicito que o voto
seja dado com tranquilidade, porque, se optarmos pelo envio, vamos interromper
a Sessão por uma hora, para que as Comissões se reúnam para dar parecer da
Emenda.
Em verificação de votação, solicitada pelo Ver.
Raul, o Requerimento de autoria do Ver. Thiago Duarte, que solicita dispensa do
envio da Emenda nº 04 ao PLE nº 057/10 à apreciação das Comissões, para
Parecer. (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 13 votos SIM,
11 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES.
Apregoamos a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLE
nº 057/10. (Lê.) “Inclua-se o art. 6º no PLE nº 057/10, com a redação que
segue, renumerando-se o atual art. 6º: ‘Art. 6º - O contrato a que se refere o
art. 1º somente poderá ser celebrado 180 dias após a publicação desta lei,
devendo o Executivo manter os atuais convênios médico-hospitalar e laboratorial
por, no mínimo, 365 dias após a publicação desta lei”. Os Vereadores Aldacir
José Oliboni e Engenheiro Comassetto assinam esta Subemenda.
Para esclarecimento dos Srs. Vereadores: a Emenda
nº 01 ao PLE nº 057/10, se aprovada, faz a previsão de 180 dias para contrato.
Em verificação de votação, solicitada pelo Ver.
João Antonio Dib, o Requerimento de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que
solicita dispensa do envio da Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLE nº 057/10 à
apreciação das Comissões, para Parecer. (Após a apuração nominal.) APROVADO por 21 votos SIM, 01 voto NÃO e 07 ABSTENÇÕES.
O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 057/10, pela oposição.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores e Vereadoras,
público que acompanha esta Sessão e que tem enorme interesse na matéria, eu
queria, inicialmente, ressaltar aqui o que o nosso companheiro Todeschini falou
anteriormente, dizendo da importância do Projeto de Lei que dá aos funcionários
públicos a opção do IPE; com certeza, nós votaremos favoravelmente a este
Projeto. Só há um detalhe muito importante aqui sobre as Emendas. As duas
Emendas, após os 180 dias, como é o caso apresentado na Subemenda nº 01 à Emenda
nº 01 - de autoria deste Vereador e do Ver. Todeschini, que é da Bancada -,
como também na Emenda nº 04, estendem um prazo maior para a sobrevida do
Hospital Porto Alegre. Neste sentido, como não foi possível destacar as
Emendas, cabe agora, neste momento, na discussão do Projeto, esclarecer. A
nossa opinião é no sentido de o Hospital Porto Alegre ter um prazo para a
adaptação. (Manifestações nas galerias.)
Srª Presidente, os funcionários públicos têm toda a
razão em querer dar ou não um prazo maior ao Hospital Porto Alegre. E existe
aqui uma Câmara, com 36 Vereadores, que acha que o Hospital Porto Alegre não
pode fechar! (Manifestações nas galerias.) Neste momento, eu acho muito
importante esclarecer a Emenda nº 01, que vai ser aprovada. A Emenda nº 01
determina 180 dias, e, pelo que eu percebi aqui, os funcionários públicos são a
favor disso. (Manifestações nas galerias.) Não? Não. Então, agora, veio a
informação que são contra. Mas, independente disso, a Subemenda nº 01 não muda
esse prazo, ela simplesmente diz que, após os 180 dias, todo funcionário
público pode migrar para o IPE, e o Governo gestor pode estender os benefícios
ao Hospital Porto Alegre por um ano. Essa é a Subemenda nº 01.
A Emenda nº 04 estende para o resto da vida, porque
ela é proporcional. Se nós tivermos cem trabalhadores, e, desses cem, oitenta
optarem...
(Manifestações nas galerias.)
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Eu não estou dizendo que a Emenda nº 04 é o ideal, estou apenas
esclarecendo que a Emenda nº 04 diz para o gestor que, independente do número
de pessoas, de trabalhadores que irão migrar para o IPE, para a outra diferença
proporcional o gestor pode transferir recursos. Então, temos três quadros bem
diferentes: a Emenda nº 01, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 e a Emenda nº 04 -
são três simulações diferenciadas.
É preciso que os senhores saibam que nós, como
Bancada, votaremos favoravelmente ao Projeto, porque é importante que os
trabalhadores tenham uma opção, mas que o Hospital Porto Alegre tenha
sobrevida, para não fechar. (Manifestações nas galerias.) Nós sabemos também
que a maior parte dos cidadãos que não migrar para o IPE poderá ser atendida no
Hospital Porto Alegre. Esse trabalhador, não indo à Emergência do Hospital
Porto Alegre, vai à rede básica. Então, faz pouca diferença.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito aos nossos funcionários municipais que se
manifestem no final da fala do Ver. Oliboni.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Obrigado, Presidente.
Eu estava esclarecendo o seguinte: esse convênio é
bom para o IPE? É bom para o IPE. É bom para os servidores? É bom para os
servidores. Será bom para o Hospital Porto Alegre? Será bom se, nesse prazo, o
Hospital Porto Alegre conseguir o conveniamento, podendo atender pelo IPE.
Então, é preciso que o Hospital Porto Alegre tenha um prazo, e eu respeito a
opinião de todos os servidores. Não vai mudar em nada, praticamente, darmos um
prazo para o Hospital Porto Alegre se adaptar, até porque ele não tem condições
hoje de concorrer no mercado, porque os outros hospitais conveniados pelo IPE
têm, queiram ou não, uma melhor oferta. Por isso é importante dizermos aqui que
não queremos que o Hospital Porto Alegre feche as portas. É mais do que justo
fazer com que os dois segmentos sejam considerados importantes e que tenham os
seus benefícios: os servidores, tendo a livre opção ao optar pelo IPE depois de
180 dias, e o Hospital Porto Alegre, tendo uma sobrevida, recebendo recursos do
gestor para poder se qualificar para competir no mercado. Essa é a posição
deste Vereador.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 057/10.
O SR. PEDRO
RUAS: Minha cara Presidente, Verª Sofia Cavedon; Vereadores e Vereadoras;
público das galerias, que nos honram com a presença no dia de hoje, eu vou ser
bem breve e muito objetivo, falo em meu nome e em nome da Verª Fernanda
Melchionna, do PSOL. Quero dizer que temos respeito pela luta e pelo trabalho
do Ver. Oliboni e pela intenção geral que existe nas mobilizações que ocorrem
no dia de hoje. Mas parece-me ingenuidade termos, agora, uma votação, em
relação às Emendas, que pressuponha uma posição do Prefeito que nós não
conhecemos. Evidentemente - aqui é a posição do PSOL - nós queremos o funcionamento
do Hospital Porto Alegre, como sempre quisemos, e queremos a aprovação do
Projeto. Mas as circunstâncias em que são colocadas essas Emendas, para este
momento e nessas exatas situações decorrentes, não permite outra definição do
PSOL que não seja votar contra as Emendas! (Palmas.) As Emendas não são
destacadas; é destacada apenas uma, as demais serão votadas em bloco. Então,
para votar contra a primeira, eu preciso votar contra as demais - eu não tenho
alternativa. Respeito as posições. Sei que há, neste caso, um conjunto de boas
intenções, mas parece-me muita ingenuidade acreditar numa posição do Executivo
que não está sequer acordada. Eu não posso pressupor algo que desconheço. Neste
sentido, nosso encaminhamento é pela votação contrária às Emendas e Subemendas
existentes, respeitando as posições em contrário.
Eu não posso deixar de fazer referência -
aproveitando este espaço da tribuna - a uma situação muito grave na área da
Saúde. Temos um servidor aqui, o Paulo Rogério da Silva, que foi colocado à disposição.
Ele recebeu a informação de que não há mais interesse nos seus serviços, depois
de anos e anos de SAMU. Todos conhecem o Paulo, ele fez denúncias sérias de
irregularidades graves que existem na área da Saúde, incluindo óbitos por
ausência de atendimento. Nós recebemos as denúncias, Paulo, e quero te dizer o
seguinte: nós, da Bancada do PSOL, não concordamos com essa punição. Ao
contrário, achamos correto que um servidor da área da Saúde, do SAMU, que
conhece as tristezas, a tragédia social que infelicita a maior parte da nossa
população carente de Porto Alegre, como tu conheces, denuncie as
irregularidades. Esse é um exemplo a ser seguido e não a ser punido. Fica aqui
o nosso registro de protesto com relação à tua punição. (Palmas.) Eu tenho
certeza de que vários Vereadores e várias Vereadoras terão a mesma posição,
porque conhecem e respeitam também o teu trabalho.
Nós temos, no conjunto, a ideia de melhorar a Saúde
em Porto Alegre. Os caminhos não são os mesmos. Os caminhos são diferentes
muitas vezes, mas há questões objetivas que são óbvias - óbvias -, e, retomando
a votação de agora, eu não acho possível que Vereadores e Vereadoras com a
nossa experiência e com o nosso conhecimento possam imaginar uma posição do
Chefe do Executivo que não foi conversada, não foi acordada e, portanto, não
está ao nosso alcance decidir. A nossa decisão, o nosso controle é sobre o
nosso voto, é sobre a nossa posição no plenário no dia de hoje. Queremos a
aprovação do Projeto; o PSOL votará contra as Emendas. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Presidente, eu quero fazer uma sugestão a V. Exª,
extensiva aos meus colegas. Esta é uma matéria, como tantas outras, que
transcende a questão de oposição e de situação. Eu e muitos dos Vereadores participamos
de um processo coletivo. Portanto, eu acho que tem que ser retomada essa
lógica, e essa lógica requer que V. Exª convide os Líderes, porque há um
histórico de conversação sobre este Processo. Aqui ninguém é contra o
funcionalismo e ninguém é contra o Hospital! Pelo contrário, todos querem
encontrar um equilíbrio para o Hospital Porto Alegre, que hoje recebe 1,5
milhões de reais de convênio e que tem 8,5 mil pessoas conveniadas, num total
de 24 mil municipários, que ainda não são conveniados ao IPE. Tem que haver um
tempo para se conveniar com o IPE, para não quebrar. É evidente que, quando
terminar esse prazo, vai terminar o repasse.
Então, sugeriria a V. Exa que, no
decorrer desse encaminhamento, construísse um acordo. Houve um encaminhamento
coletivo, do qual participei, estive lá com o Secretário Cezar Busatto,
juntamente com o Ver. João Antonio Dib, sei que outros Vereadores também
estiveram. Bom, se querem quebrar esse acordo, que o quebrem, mas eu não vou
fazer parte dessa quebra de acordo! Acordo feito é acordo que tem que ser
cumprido. (Palmas.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Sebastião Melo, temos prejudicialidade em uma
Emenda e uma manifestação de retirada de Emenda, algo que não é possível.
Então, solicito que os Líderes venham até a Mesa para construirmos ajustes
regimentais. No que se refere ao conteúdo, o debate deverá ser entre as
Bancadas.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h11min.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h23min): Estão reabertos os trabalhos.
Senhoras
Vereadoras e Senhores Vereadores, municipários, nós não tivemos acordo para
encontrar uma redação diferenciada. Ver. João Antonio Dib, V. Exª não pôde
participar, mas não há acordo para mudanças no encaminhamento regimental,
exatamente porque não há acordo de conteúdo, e esta Câmara terá que resolver no
voto.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, venho aqui, em nome da minha
Bancada e com a anuência do nosso Líder, o Ver. Mauro Pinheiro, trazer a
seguinte posição sobre a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 do atual Projeto: nós
estamos encaminhando pela retirada da Emenda, que foi, ainda no ano passado,
apresentada pelo Ver. Aldacir José Oliboni, com anuência deste Líder. Como
regimentalmente isso não é mais possível, nós, politicamente, estamos afirmando
a nossa retirada política da Emenda. Muito obrigado.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado. No momento da votação, o apelo de
todos os autores da Emenda é de que todos os Vereadores votem contrariamente.
Se aprovada a Emenda nº 04, fica prejudicada a Emenda que Vossas Excelências
estão... Não necessariamente é preciso aprovar a Emenda nº 04, é claro!
Está acolhido o seu encaminhamento, Ver. Engenheiro
Comassetto.
O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 057/10.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhores
funcionários e senhoras funcionárias, muito me agrada enfrentar aqui o
encaminhamento desta matéria, porque não faz muito tive o IPE - Instituto de
Previdência do Estado - como vinculado à Secretaria que tive a honra de
presidir: a Secretaria da Administração e Recursos Humanos do Estado do Rio
Grande do Sul. Como já disse, o IPE é vinculado a essa Secretaria. Quero dizer
aqui da importância, em síntese, do IPE hoje, como uma das maiores instituições
de sistema de Previdência do País. Para que vocês tenham uma ideia, hoje o IPE
tem um milhão - um milhão! - de beneficiários e associados. A OAB quer entrar
no IPE-Saúde! E tantas e tantas instituições querem conveniar com o IPE,
Instituto com o qual tivemos a oportunidade de trabalhar muito.
Reestruturaram-se os quadros do IPE com concursos públicos, com uma série de
atividades. Existe um projeto lá - até dizia à atual Secretária de
Administração, a Deputada Stela Farias - que tem que ser tocado para frente: é
o IPE 24 Horas. É um projeto magnífico, mas o tempo não permitiu que se levasse
a cabo. Portanto, o IPE goza hoje de grande prestígio pela sua atuação
magnífica, extraordinária!
Da autorização: o que se está a fazer nesta tarde
importante para os servidores? Vejam, estamos autorizando o Poder Executivo a
conveniar com o IPE exatamente a prestação dos serviços de assistência médico-hospitalar e laboratorial. Por outro lado, as
Emendas que estão eletrizando o debate, no que respeita à dilatação, até não
têm grande significado, e vou explicar por quê. Porque está sendo dada
autorização para o início do conveniamento. Por certo, Ver. João Antonio Dib,
os 180 dias possam até passar... Ademais, o Município tem, com a Associação, um
convênio, para assegurar um ano. E essa iniciativa não quer, de forma nenhuma,
criar problemas ao Hospital Porto Alegre, não! Agora, o Hospital Porto Alegre
vai ter que se ajustar, sim. Hoje dissemos, no debate que fazíamos aqui, quando
se criava o Instituto, o Sistema de Saúde através de uma Fundação pública, que
o povo quer resultado, o servidor quer resultado, ele precisa ter ao seu dispor
os mecanismos para que a sua saúde seja preservada, sem nenhum embaraço.
Portanto, trata-se de
uma iniciativa extremamente importante, em que estamos autorizando o Município
a conveniar com uma instituição pública, o IPE, e com uma capacidade de cumprir
as suas obrigações quase que inédita. Tanto é verdade que - repito -
instituições e instituições querem conveniar com o IPE. E lembro ainda do ano
passado, quando se discutia essa questão, quando o Município discutia com o
IPE, e o IPE levava a Secretaria à questão. Essas Emendas, que, numa primeira
vista, estariam segurando o andamento do convênio, parece-me que elas até
perdem a significação...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luciano
Marcantônio está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 057/10.
O SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Boa-tarde, Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon;
colegas Vereadores, municipários, é uma honra vir a esta tribuna, mais uma vez,
defender a iniciativa brilhante do nosso Prefeito Fortunati, que quer levar
para os nossos servidores um atendimento digno de saúde. Essa construção ocorre
para que os servidores municipais tenham a possibilidade de adesão, em parceria
com a Prefeitura, a qual vai assumir 50% do custo desse conveniamento, trazendo
para nós uma revolução no campo de atendimento à saúde aos funcionários
públicos municipais.
Estão de parabéns: os funcionários que participaram
dessa construção; as Bancadas da Câmara de Vereadores que, com muita atenção,
de forma cirúrgica, trabalharam esse assunto; o Sindicato dos Municipários,
buscando, por meio de um conjunto e de um diálogo, a melhor saída. Sem dúvida,
a melhor saída é aprovarmos este Projeto, que vai dar essa alternativa
maravilhosa para os funcionários públicos municipais. Essa é a posição do
Governo, é a posição da Bancada do PDT, é uma posição construída quase que pela
unanimidade dos Vereadores da Casa. Acredito que teremos o total dos votos pela
aprovação deste Projeto hoje.
Vejam como estamos avançando muito na área da
Saúde. Há pouco aprovamos uma Fundação importantíssima; vai-se melhorar o
serviço lá onde o cidadão e a cidadã mais humilde precisam por meio da
aprovação que tivemos aqui, há poucos dias, da Fundação. Enfrentamos o
corporativismo, paradigmas, e o Prefeito Fortunati, com os Vereadores desta Casa,
com os movimentos sociais, conseguiu vencer as barreiras para enfrentar a
discussão, conquistou a opinião pública, e quem leu os jornais viu o quanto; os
formadores de opinião, sérios, da nossa Capital, aprovaram a coragem e a
iniciativa do nosso Prefeito Fortunati. É o avanço na
Fundação; é o avanço no ponto eletrônico, é o avanço na informatização da Saúde
- agora vamos saber por que da demora, por que das filas, por que alguém leva
um ano ou dois anos para receber um atendimento. Não vai haver mais mistério em
relação a isso, pois todo o sistema será informatizado.
Hoje, brilhantemente, estamos encaminhando a
votação de um Projeto do Executivo que objetiva beneficiar aquelas pessoas que
trabalham no Executivo dia a dia, que têm, sem dúvida alguma, uma importância
decisiva na gestão de todos os Prefeitos, que são os servidores públicos
municipais, que merecem todo o respeito desta Casa, o respeito do Prefeito
Fortunati. É por vocês, no sentido de melhorar o atendimento que vocês
precisam, através de um convênio, que o Prefeito Fortunati encaminha este
Projeto no dia de hoje. Parabéns para todos! Vida
longa a este nosso convênio com o IPE, tenho certeza de que é o melhor caminho.
Obrigado pela atenção.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 057/10.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, hoje nós estamos votando, depois de algum tempo de espera, o
Projeto do Executivo que autoriza convênio com o Instituto de Previdência do
Estado do Rio Grande do Sul. Eu já tive a oportunidade de, sob vaia, afirmar
desta tribuna o que vou repetir: sou favorável ao Projeto, mas quero ressalvar
o Hospital Porto Alegre, estou tentando fazer isso, mantendo a minha coerência
e a minha posição.
Agora, Excelência, estamos discutindo o Projeto e
as Emendas que não foram destacadas. E acaba de ser formalmente solicitada a
retirada da Subemenda, o que equivale a um pedido para que se vote contrariamente
a essa Subemenda. No resto, como V. Exª mesmo teve oportunidade de afirmar,
antes de se votar o Projeto, vão ser votadas as
Emendas. E, antes de qualquer Emenda ser votada, será votada a Emenda nº 04,
que vários Vereadores apresentaram, e, entre esses vários Vereadores, está a
minha assinatura, que eu mantenho. Obviamente, Srª Presidente, hoje houve um
fato não comum na vida parlamentar: é que vários Vereadores, a totalidade da
Casa, na qual eu me incluo, sem se perceberem, permitiram que, encerrada a
discussão, não fosse mais negociável qualquer correção nas Emendas
apresentadas. E agora, no dia de hoje, final do mês de fevereiro, começa, Ver.
Dr. Thiago, a se discutir a possibilidade de correções na Emenda nº 04,
proposta ainda no ano passado.
Eu até acho que as
sugestões, Ver. Toni, de alterações são procedentes, só que serôdias,
ultrapassadas, não há mais condições de se fazer no dia de hoje. Eu vou me
resguardar - relativamente às Emendas que não estão destacadas, a algumas eu
tenho posição favorável e a outras eu tenho posição não favorável - e, no
encaminhamento da votação da Emenda nº 04, vou sustentar as minhas posições, e
não é só por querer bem o Hospital Porto Alegre que eu tenho essa posição, é
por amor à Lei Orgânica e por amor ao dispositivo legal e porque eu sempre fui
favorável a posturas alternativas. Se é possível estabelecer o regime pelo qual
essa alternância possa se realizar, vamos aproveitar esse espaço. Se alguma
coisa tiver que corrigir, a sabedoria e as permissões do nosso Regimento, no
momento certo, serão bem utilizadas. Voltarei à tribuna para encaminhar
favoravelmente a Emenda nº 04 e eu sempre fui coerente nas minhas posições
nesta Casa.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr.
Raul Torelly está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 057/10.
O SR. DR. RAUL TORELLY: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e
Sras Vereadoras, todos os que nos assistem, os que nos visitam,
municipários, AFM, funcionários do Hospital Porto Alegre, a nossa posição tem
sido coerente desde o início deste processo. O que é que eu chamo de coerente?
Houve uma definição de se proporcionar o IPE ao funcionalismo municipal. Com
certeza, quem defende a vida num primeiro momento, como é o meu caso como
médico - muito menos como Vereador, muito mais como médico -, não pode deixar
de reconhecer que as pessoas precisam ter o resguardo da sua saúde, seja
através do SUS, seja através da Unimed, seja através do IPE, protegendo a nós e
aos nossos familiares. Então, eu acredito que é um Projeto que tem um
fundamento importante, porque ele traz qualidade de vida, traz saúde, em
especial, para a nossa comunidade municipária e seus familiares.
Por outro lado, nós temos a questão da AFM e do
Hospital Porto Alegre - temos o maior respeito e consideração pelo trabalho
feito, ao longo de tantos e tantos anos, pelos profissionais que lá trabalham
-, e procuramos construir uma situação que seja o mais favorável possível, não
para dizer que nós vamos dar alguma migalha para o Hospital e tal, não! É para
tentarmos avançar nessa questão. Eu acho que nós, em Porto Alegre, precisamos
muito de hospitais, porque temos hospitais fechados. Todo dia se fala em
reabertura de hospitais, mas eles ainda não estão sendo reabertos. Temos vários
hospitais fechados ao longo dos últimos anos, temos perdas de leitos
hospitalares, temos Emergências superlotadas, como é do conhecimento de todos,
temos falta de cobertura na Rede Básica de Saúde. Em função disso, aprovamos
aqui, na semana passada, com toda a polêmica que houve, a Fundação Pública de
Direito Privado - Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família -, que
eu espero que seja implantada e que dê o resultado melhor possível para
qualificar o atendimento das nossas populações, em especial as nossas
populações mais carentes.
Ao longo desse processo, nós procuramos construir
um período de tempo bastante razoável para que haja esse entendimento, que era
uma parte que não estava no texto do Projeto. Então, o Ver. João Antonio Dib
colocou a Emenda nº 01, dando o prazo de 180 dias, que é um prazo, ao nosso
ver, razoável para que seja colocado em prática o Projeto.
Eu, na condição de Relator deste Projeto, coloquei
uma Emenda também, criando um Grupo de Trabalho ao longo desses 180 dias, do
qual farão parte o Sindicato dos Municipários, a AFM e a Prefeitura Municipal,
para que se possa, nesse período, construir as mais variadas soluções
possíveis, para que nós prestigiemos o trabalho do hospital, o trabalho da AFM
e consigamos avançar na Saúde Pública em Porto Alegre, porque nós temos um
hospital, profissionais hábeis, técnicos que estão trabalhando lá há muitos
anos, dos quais não podemos prescindir.
Então, nós precisamos, efetivamente, dar o melhor
atendimento de saúde possível para todos, e o Hospital Porto Alegre não pode
ficar fora desse processo; ele tem que ser valorizado, tem que criar formas de
conveniamento, formas de captar recursos ao longo desses meses, definidas
integralmente, para que todos os que lá trabalham possam ficar tranquilos,
trabalhar com dignidade e continuar levando a saúde que têm levado, ao longo de
todos esses anos, aos funcionários municipais, àqueles que são filiados à AFM e
aos que não são filiados, mas que precisam de um atendimento de saúde, os quais,
tenho certeza, são muito bem acolhidos e muito bem tratados. Então, o nosso
objetivo é trabalhar nesse sentido, que Porto Alegre ganhe com isso, que a AFM
ganhe e...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 057/10.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Ilustre Verª Sofia Cavedon, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, hoje é dia 23 de fevereiro de 2011, e há exatamente 88 anos era
fundada e constituída a Associação dos Funcionários Municipais - há 88 anos!
Portanto, é uma história, é um patrimônio construído pelos funcionários
públicos municipais. Há 32 anos o Hospital Porto Alegre é administrado e
mantido pela AFM. E o Ver. João Antonio Dib me lembrava agora de que ele foi o
Presidente da Comissão de Obras do Hospital. Essa é uma história que tem que
ser preservada. Hoje nós estamos num dia muito importante: vamos preservar ou
terminar com essa história?
(Manifestações nas galerias.)
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Como católico, eu lembro que uma vez perguntaram: “Jesus ou Barrabás?”
(Manifestações nas galerias.)
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: E há alguém querendo o
Barrabás!
(Manifestações nas galerias.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Nedel, eu lhe asseguro o tempo.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Obrigado, Presidente. O que eu quero dizer é que os funcionários
municipais já perderam o Montepio.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Já tiraram fora um patrimônio dos municipários. Agora estamos novamente
numa bifurcação. Nós temos a obrigação e a responsabilidade de manter o
Hospital Porto Alegre, de manter a Associação dos Funcionários Municipais de
Porto Alegre, porque a história vai nos julgar! Há quarenta anos, esse convênio
da Prefeitura dá cobertura a oitenta mil vidas. A AFM retira essas oitenta mil
vidas da fila do SUS há muito tempo.
(Manifestações das galerias.)
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Senhores, já houve Governo que quis acabar com o convênio e mandar
todos os funcionários municipais para o SUS. Isso nós não queremos!
Então, os funcionários têm um patrimônio em que são
atendidos muito melhor que no SUS, e agora estamos com esse dilema. Quero só
lembrar que o convênio, Ver. Comassetto, é garantido pela Lei Orgânica, no seu
art. 49, e também pelo Estatuto do Funcionário Público, art. 133. O Projeto é
importante, mas nós não podemos esquecer desse patrimônio, que é dos
funcionários. Existem funcionários que são contra eles próprios. Estamos defendendo
a Saúde e defendendo os funcionários, embora contra o interesse de alguns. Sim,
senhores, que isso fique bem claro. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(Manifestação nas galerias.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra.
(Manifestações nas galerias.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Colegas, por favor, vamos manter a calma, sem
exaltação. Estamos respeitando muito a manifestação dos municipários. Ver.
Mauro, o Ver. Todeschini já encaminhou pelo PT. Peço-lhe que, no microfone de
apartes, faça apenas a observação. Eu agradeço às galerias pela compreensão.
Obrigada.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Verª Sofia, queremos expressar que o Partido dos Trabalhadores votará
unificado nesta matéria, votará a favor do Projeto de Lei, que, pela primeira
vez, dá oportunidade aos municipários, e sabemos de toda a sua luta para ter um
plano de saúde. Já sabemos do esforço que muitas vezes o Partido dos
Trabalhadores fez quando estava no Governo, para que se tivesse um plano com o
IPE, e isso nunca conseguiu avançar, tendo em vista que o próprio IPE queria
que todos os municipários fizessem parte, e agora se conseguiu que seja por
adesão. Então, votaremos com os municipários, votaremos a favor deste Projeto.
(Palmas.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra
para encaminhar a votação do PLE nº 057/10.
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, todos os
que nos assistem; na realidade, Porto Alegre vem mudando principalmente no que
diz respeito à saúde. Há poucos dias esta Casa teve orgulho de votar um Projeto
que veio para beneficiar a população que mais precisa de saúde na nossa Cidade,
principalmente o nosso povo da periferia, possibilitando o aumento do número de
equipes de PSF, principalmente nas vilas e bairros. Hoje, a atual
Administração, depois de muito tempo, traz este Projeto, que vem contemplar os
municipários de Porto Alegre, por isso quero deixar bem claro que a Bancada do
PPS, em nome dos Vereadores Toni Proença, Elias Vidal e deste Vereador, será
totalmente a favor, votará de acordo com o Projeto para cá enviado pelo
Prefeito José Fortunati.
Quero dizer uma coisa: não podemos esquecer de um
projeto de construção para contemplar o Hospital Porto Alegre, vamos trabalhar
para isso. E deixo bem claro: esta Bancada está trabalhando e continuará
trabalhando principalmente por aqueles que mais precisam. Parabéns ao Prefeito,
por ter a coragem de mandar estes dois Projetos e contemplá-los. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Senhores, não há mais inscrições para encaminhar a
votação do Projeto.
Em votação a Emenda nº 04, destacada, ao PLE nº
057/10. (Pausa.) O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 04, destacada, ao PLE nº 057/10, como autor.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Obrigado, Vereadora-Presidente, peço a atenção especial de todos os
colegas. Quero dizer aos colegas servidores que se encontram nas galerias que
sou e sempre fui favorável, completamente favorável, ao IPE. Sou servidor do
Estado licenciado e funcionário do IPE. Não poderia ser diferente, eu não
poderia ser contrário a esse convênio, que pode contemplar os servidores do
Município.
Um conjunto de Vereadores se reuniu - o Ver. Toni
Proença, o Ver. Pujol e outros Vereadores que assinaram esta Emenda - para
discutir e pensar uma forma de minorar o problema não daqueles que, como vocês,
certamente vão aderir ao IPE, mas, principalmente, daqueles que não vão aderir
ao IPE, daqueles que não vão ter condições de aderir. E o IPE, como faz o
Município, diferentemente do que faz o Estado, não pode ser compulsório. O
convênio tem que ser exatamente como o Prefeito José Fortunati está colocando:
uma adesão. Por isso fizemos esta Emenda em conjunto. O convênio, mantido pela
Prefeitura de Porto Alegre com o Hospital Porto Alegre, vai se basear na Lei
Orgânica, art. 49, e na Lei nº 133, nos artigos 93 e 95, para que possa ser
mantida a saúde dos municipários que não aderirem ao IPE. A preocupação aqui é
com aqueles servidores que não vão aderir ao IPE.
Eu tenho que discordar também da informação de que
o Hospital está completamente sucateado, eu tenho que discordar desse tipo de
situação, porque é um Hospital que reformou o seu bloco cirúrgico, um Hospital
que tem um serviço de oftalmologia iniciando a atividade, um convênio com o
Lions e com a DiagLaser; um Hospital que tem de 600 a 700 servidores; um
Hospital que tem 160 leitos, sendo que, deles, 10 são de UTI; um Hospital que
faz mais de 300 cirurgias por mês, eu não acredito que seja um Hospital
sucateado. Eu acredito que, sim, seja um Hospital que tem que ser melhorado,
mas não que devamos deixar esse Hospital ao lado, à margem, sem construirmos
juntos uma proposta. Talvez não seja esse convênio, Ver. Haroldo de Souza,
talvez tenha que ser adequado um valor para outro convênio, mas que isso possa
ser construído com a Associação dos Funcionários, que possa ser construído com
aqueles servidores que não vão ter como aderir ao IPE, aquele peão, como a
gente diz, colega que trabalha na SMOV, que trabalha no DMLU e que,
infelizmente, acaba não podendo, por razão financeira, aderir a esse convênio
tão bom, que é o convênio do IPE.
Então, eu solicito aos colegas que tenham esse foco
também, votando a favor do IPE, mas também pensando naqueles servidores que vão
ficar fora de todo esse processo. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar
a votação da Emenda nº 04, destacada, ao do PLE nº 057/10.
O SR. LUIZ
BRAZ: Verª Sofia Cavedon, Presidente desta Casa; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, quando fui
apresentado a esta Emenda, ela me foi mostrada como se fosse a salvação do
Hospital Porto Alegre, e, como eu não quero que o Hospital Porto Alegre venha à
ruína, imediatamente a assinei. Depois vi que a redação estava ruim, tinha
problemas, inclusive, de português, erros graves de português. Portanto, nós
tínhamos aqui não uma solução, mas alguma coisa que tinha de ser corrigida. Só
que, quando a gente viu que tinha que ser corrigida, já estávamos nos
encaminhamentos e, nos encaminhamentos, não podemos mais fazer alteração, não
podemos fazer mais emendas. Nós não podemos chegar à conclusão de que haverá
pessoas migrando para o IPE, de que haverá pessoas, em menor número, que
ficarão aqui e de que devemos manter o mesmo convênio. Nós estamos falando em
dinheiro público e temos que zelar por ele. Então, se aqueles que ficam aqui vão
manter o convênio, tem que ser um outro convênio, não pode ser o mesmo, porque,
se for o mesmo convênio, estará errado, Ver. Reginaldo Pujol! Não pode ser o
mesmo, tem que ser outro, tem que ser diferente!
Aí, conversei com a
Presidente e com as outras Lideranças para que pudéssemos, quem sabe, fazer um
ajuste na Emenda: em vez de manter na redação “o convênio”, retirar a palavra
“o”, mas manter a palavra “convênio”. Assim, de repente, mantendo só a palavra
“convênio”, poderíamos pensar no estabelecimento de um novo convênio. Mas as
Lideranças não aceitaram mexer; e, se não aceitam mexer, não há como corrigir!
Fica praticamente impossível corrigir. E manter a Emenda exatamente com a redação que
está, e eu sou um dos signatários desta Emenda, é ruim, não vai ser bom. Sou
favorável, sou defensor da permanência e do fortalecimento do Hospital Porto
Alegre, acho que ele faz um grande trabalho para os servidores, mas não podemos
fazer isso de forma equivocada, e, se mantivermos a aprovação da Emenda nº 04,
nós vamos, realmente, cometer um erro, porque vamos manter um convênio que tem
hoje um certo número de funcionários, para um pequeno número de funcionários.
Eu acho que isso deveria ter sido corrigido e não foi possível.
Então, Verª Sofia Cavedon, por esse motivo, com
relação a esta Emenda nº 04, muito embora eu seja signatário, eu vou votar
contrariamente, por não poder corrigi-la.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 04, destacada, ao PLE nº 057/10.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, a Mesa acaba de ler o teor da Emenda que está em votação. Eu quero,
honestamente, dizer o seguinte: pode ser que alguma pena mais brilhante, Ver.
Dr. Thiago Duarte, escrevesse o que se quer de forma diferente, mas fica muito
claro que o que nós queremos é manter aberto o Hospital Porto Alegre e que,
para isso, buscamos algumas equações. Ora, eu não tenho nada contra o Instituto
de Previdência do Estado, do qual sou filiado facultativo. Quis me filiar ao
IPE, porque eu não tenho a proteção que os servidores do Município têm por
força da Lei Orgânica Municipal, que, ao que me consta, não está sendo hoje,
com esta votação, derrogada, porque eu não tenho aquelas prerrogativas que têm
os servidores municipais, constantes nos artigos 93 e 95 do Estatuto dos
Servidores Municipais, que também não está sendo derrogado no dia de hoje.
Então, eu vejo Vereadores da qualidade do Ver. Luiz Braz temerosos de que seus
votos possam ensejar uma situação que não está em jogo nesse horário. A
manutenção desse convênio, Ver. Braz, ao meu juízo, independe da nossa decisão,
porque o Município terá que cumprir a Lei Orgânica, e eu não acredito que
ninguém esteja pedindo ao Prefeito que não cumpra a Lei Orgânica Municipal!
Então, Srª Presidente, Srs. Vereadores, todos nós
sabemos que ajustes técnicos são possíveis de serem feitos até o momento em que
o processo, Ver. Ruas, saia aqui da Câmara para ser objeto do veto ou da sanção
do Sr. Prefeito Municipal. Para que existe a figura da Redação Final? Não é
para corrigir pequenas contradições, pequenos conflitos? Então, há solução! Não
é o fato de a Casa “ter dormido” num determinado momento, ter deixado seguir a
discussão, para só depois levantar essa necessidade de pequenas correções, que
vai determinar que a gente fulmine essa Emenda pura e simplesmente.
Eu quero, Ver. Raul Torelly, médico competente do Município de Porto Alegre, dizer que
o Prefeito desta Cidade sabe que pode contar com este Vereador - que não é da
base do Governo, que é independente - para tudo que for conveniente ao
interesse municipal, mas não haverá de contar com um ato, Ver. Toni, com um
voto que possa me tornar cúmplice no fechamento do Hospital Porto Alegre,
porque eu não sou cúmplice de nada que se fez neste País para terminar com
órgãos que, às vezes, não estavam sendo bem dirigidos e que resolviam, para
satisfazer alguns apetites, por determinar o seu fechamento. Não resguardar o
Hospital Porto Alegre por mera distorção, vingança ou desentendimento com a
Direção da Associação dos Funcionários Municipais de Porto Alegre é um ato que
eu não subscrevo. Ver. Luiz Braz, V. Exª lembra, esta Casa ajudou a matar o
Montepio, porque entendia que ele estava mal dirigido. Eu nem vou dar atestado
de competência da Direção da Associação dos Funcionários Municipais de Porto
Alegre, mas vou repetir com toda a força da minha voz: não serei cúmplice de um
ato que implique no fechamento do Hospital Porto Alegre, porque isso é uma
afronta ao bom senso e é contra não só a Lei Orgânica do Município e o Estatuto
dos Funcionários do Município de Porto Alegre...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 04, destacada, ao PLE nº 057/10.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Caríssima Presidente, meus colegas Vereadores,
minhas colegas Vereadoras, querido público que nos honra aqui com a sua
presença, razão desta Casa, eu quero dizer que a nossa Bancada, através do
nosso Líder, não fecha questão nesta matéria. Sei que em cinco minutos é muito
difícil fazer uma discussão mais ampla, mas eu acho que, com todo respeito, há
uma falsa discussão sobre esta Emenda. Não conheço ninguém - e eu conheço muita
gente aqui - que não tenha carinho e não tenha amor pelo Hospital Porto Alegre:
100% do lado direito e 100% do lado esquerdo. O Hospital Porto Alegre faz parte
da história da família municipária, e aqueles mais antigos do que eu, da
família municipária, como o Elói, como o Dib, poderiam falar melhor sobre isso.
O Governo pede autorização, e, de forma voluntária,
aquele funcionário que quiser conveniar-se ao IPE poderá fazê-lo. Evidentemente,
vão ser descontados, em folha, oito e pouco por cento, e a Prefeitura vai
aportar o outro valor. Hoje o Hospital Porto Alegre tem 8,5 mil associados, que
pagam 160, 180, 200 reais, às vezes um pouquinho mais. São aquelas famílias,
Ver. Mauro Pinheiro, que me dá atenção, do operariado da Prefeitura: o pai que
tem sete, oito filhos, que faz o tratamento de visão, que faz o tratamento
dentário; as mães que tiveram todos os seus filhos naquele hospital. Através de
convênio com o Hospital Porto Alegre, a Prefeitura aportará um milhão e
trezentos reais para poder fazer a contrapartida.
Esta Emenda, Ver. Luiz Braz, tem problema técnico,
sim; V. Exª sabe que vim a este microfone de aparte, a Presidente teve
sensibilidade, buscou um consenso, mas não foi possível consensualizar, e nós
respeitamos isso. Eu não sei quantos, dos que hoje estão conveniados ao
Hospital Porto Alegre, vão migrar para o IPE - eu não sei, ninguém desta Casa
sabe, Ver. Carlos Todeschini: mil, dois mil, pode ser que três mil saiam do
Hospital Porto Alegre para o IPE, enquanto o Hospital Porto Alegre não for
conveniado. Porque, se for conveniado, o próprio associado pode dizer: “Eu vou
ser atendido no meu hospital” - que vai ser conveniado, eu espero que aconteça!
Então, se a Emenda não colocasse o valor que é hoje, Vereadores, acho que seria
uma ótima Emenda, se for possível corrigir na Redação e dizer: “manter
convênio”.
Então, veja bem: mil funcionários vão continuar no
Hospital Porto Alegre, e 7,5 mil vão passar para o IPE. Qual é o pecado de
pagar o convênio para mil funcionários? Eu, sinceramente, acho que é uma falsa
discussão dizer que isso é pecado. Porque a tese que estão pensando é a
seguinte: “Eu vou pagar um milhão e trezentos mil reais, portanto o Governo não
vai poder pagar os oito e pouco por cento para quem conveniar”. A intenção da
Emenda pode ter sido escrita de forma errada, mas eu a entendi neste sentido: o
convênio será mantido para aqueles que se mantiverem no Hospital Porto Alegre.
E os seis meses que foram retirados da Subemenda é a esperança que todos nós e
o Governo têm nesta Casa, de que seja o tempo suficiente para que o Hospital
Porto Alegre faça as reformas necessárias, para que ele possa conveniar com o
IPE. Eu ouvi isso do Secretário da Saúde, ouvi da Direção do Hospital.
A nossa Bancada não tem votação fechada nesta
matéria, até porque fechada não está a base do Governo, até porque fechada não
está a Bancada do PDT! Portanto, por orientação do nosso Líder, cada um de nós
vai dar o voto de acordo com a sua consciência, mas cá para nós a Emenda, se
for feita a devida correção na Redação Final, Ver. Pujol, não prejudicará quem
quer ir para o IPE de jeito nenhum - de jeito nenhum! - e preservará a porta
aberta para que a Prefeitura... Até porque Prefeitura pode fazer convênio com
lei, ou sem lei, não precisa de lei para fazer, mas ela é um indicativo.
Portanto, não vejo por que tanta radicalização neste debate. Acho que o Projeto
é maior do que a Emenda. Muito obrigado, Srª Presidente. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Srª Presidente, só uma questão de interpretação: eu
queria referir que não está colocado na Emenda o valor do convênio. Obrigado.
(Palmas.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Registrado o aparte.
O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda n° 04, destacada, ao PLE n° 057/10.
O SR. MAURO
ZACHER: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, quero ser
bem breve, porque, depois de um determinado período, às vezes as falas vão se
tornando repetitivas.
É importante que se reforce a posição da nossa
Bancada. A questão, na nossa Bancada, está fechada: o PDT não só vota a favor
do Projeto como vai votar contra a Emenda n° 04, pelo simples motivo já
apresentado pelos Vereadores nesta tribuna. O que realmente vai garantir a
permanência do convênio com a Associação dos Funcionários são esses seis meses,
quando a Prefeitura, em conjunto com a Associação e com a fiscalização desta
Casa, vai poder verificar e aguardar, por parte da Associação, um projeto que
seja viável, juntamente com aquilo que é a demanda de muitos servidores: o
convênio com o IPE, que é o que nós estamos autorizando hoje. Esta Emenda, Ver.
Thiago, que está atentamente me escutando, não está garantindo isso; na
verdade, ela tenta apresentar uma boa intenção, mas não cabe a nós, nesta Casa,
garantir o convênio através de emendas.
Sob o ponto de vista legal, a nossa atribuição é
garantir, dar tranquilidade àqueles que defendem e, principalmente, aos
funcionários do Hospital... Que nós possamos, em seis meses, conduzir e
construir uma solução cabível para a permanência do Hospital. Como foi muito
bem dito aqui por outros Vereadores, que realmente isso possa ser a solução
para aquela massa de trabalhadores do Município que ainda usam o Hospital, que
se sentem garantidos através do Hospital Porto Alegre. Então, quero novamente
aqui repetir: a posição da Bancada do PDT está fechada e contrária a Emenda nº
04.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 04, destacada, ao PLE nº 057/10.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidenta, Verª Sofia Cavedon; colegas
Vereadores, Vereadoras, Lideranças aqui presentes, ao vir aqui em nome da minha
Bancada, a Bancada do Partido dos Trabalhadores, para encaminhar o nosso voto
em relação à Emenda nº 04, preciso trazer para o debate um fato que está
ocorrendo em referência à Emenda nº 4 e em referência à instituição Hospital
Porto Alegre. O Projeto que trata de autorizar o Município a realizar o
convênio previdenciário com o IPE em momento nenhum desconstitui qualquer
convênio existente ou desautoriza o Município a continuar o seu trabalho e o
seu papel com o Hospital Porto Alegre. Eu falo isso porque nós temos feito
alguns debates nesta Casa que têm gerado, do meu ponto de vista, uma falsa
polêmica. O Projeto que estamos discutindo aqui, Ver. Dr. Thiago, não
desautoriza o Município em relação ao que ele tem constituído e instituído. O
que estamos discutindo é autorização para que o Município de Porto Alegre
convenie-se com o IPE, para que, a partir daí, os servidores públicos façam a
sua opção do convênio.
Diga-se de passagem, este Projeto já veio para a
Casa há uns 15 anos e foi discutido e derrotado, naquela época, pela oposição.
Já veio aqui o Projeto do convênio do Município com o IPE. O Ver. João Antonio
Dib estava aqui; eu não estava aqui naquele período. Uma emenda que venha a um
projeto, primeiro, tem que estar inserida no corpo do projeto e, segundo, tem
que estar bem redigida. Como já disse aqui o Ver. Luiz Braz e outros, a Emenda
apresentada, além de possuir um conjunto de erros de português, abre algumas
possibilidades de disputa jurídica pela forma que está colocada, e isso pode
vir em prejuízo, inclusive, da instituição Hospital Porto Alegre. A Bancada do
Partido dos Trabalhadores vai votar contra a Emenda nº 04, por entender que ela
não qualifica o Projeto e por entender que ela tem problemas.
Mas não pode ser dito por aqueles que defendem a Emenda
que o voto da Bancada e de todos que se colocaram aqui é um voto contrário ao
Hospital Porto Alegre, porque é um equívoco, é um erro afirmar isso. Lá está o
Diretor do Hospital Porto Alegre, que tem uma luta pela sobrevivência do
Hospital. Temos que manter abertas as portas da Prefeitura para continuar o
diálogo com o Hospital Porto Alegre, para encontrar a melhor saída para ambos,
tanto o Município como o Hospital? É óbvio que sim! Com relação a isso, a nossa
Bancada, a do Partido dos Trabalhadores, não se nega a ajudar, a fazer esse
debate, que, creio, pode ter um segundo debate, mas, neste momento, a afirmação
de que este é um bom convênio para os municipários tem aqui um entendimento, e
nós acompanharemos o Executivo Municipal com a aprovação e votaremos contra a
Emenda. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vou combinar com a assessoria do Ver. Dib no
sentido de que traga as solicitações para a Presidência, porque não entendo a
linguagem dos sinais. Eu deveria fazer esse curso, mas infelizmente não o fiz
ainda.
Não há mais quem queira encaminhar a Emenda nº 04.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, a Emenda nº 04,
destacada, ao PLE nº 057/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM, 23 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO. (Palmas.)
Passaremos à votação da Emenda nº 01 ao PLE nº
057/10. Há quatro Emendas que não estão destacadas, portanto não podem ser
encaminhadas. Vou ler as Emendas com calma, e elas serão votadas pela ordem de
apresentação.
O SR. PEDRO
RUAS: Temos quatro Emendas a serem votadas, portanto são cinco no todo. Não
caberia agora um encaminhamento conjunto das não destacadas?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, o encaminhamento foi geral, das Emendas não destacadas
e Projetos, Ver. Pedro Ruas.
O SR. PEDRO
RUAS: Obrigado.
A SRA.
PRESIDENTA (Sofia Cavedon): Nós temos três Emendas e uma Subemenda nº 01.
Emenda nº 01 (Lê.): “Inclua-se art. 6º no PLE nº
057/10, com a redação que segue (...) ‘O Contrato a que se refere o art. 1º
somente poderá ser celebrado 180 dias após a publicação desta Lei.’”.
A Emenda nº 01 é de autoria do Ver. João Antonio
Dib.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Pedro
Ruas, a Emenda nº 01 ao PLE nº 057/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 27 votos SIM e 05 votos NÃO.
Preciso ler a Subemenda nº 01, dos Vereadores
Engenheiro Comassetto e Aldacir José Oliboni, que a retiraram simbolicamente e
solicitaram votação contrária para derrotar? (Pausa.) Não.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Luiz Braz,
a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLE nº 057/10. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 04 votos SIM, 24 votos NÃO e 05 ABSTENÇÕES.
Em votação a Emenda nº 02 ao PLE nº 057/10. (Lê a
Emenda.)
O SR. PEDRO
RUAS: Srª Presidente, eu e a Verª Fernanda Melchionna gostaríamos muito que a
nossa Emenda fosse votada. Por uma questão de lisura e honestidade, nós temos
que informar à Mesa que ela foi derrubada na Comissão, portanto ela não pode
ser votada. Nós gostaríamos que fosse, mas não é possível.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Pedro Ruas, por alertar esta Mesa.
De fato, a Diretoria Legislativa teve um pequeno cochilo, e ela não pode ser
votada porque foi derrotada no plenário. A sempre excelente Diretoria
Legislativa, às vezes, também cochila. Ainda bem, porque estávamos pensando que
ela é um super-homem, mas é um ser humano e tem crédito.
Anulamos, então, a votação da Emenda nº 02 ao PLE
nº 057/10.
Emenda nº 03 ao PLE nº 057/10. (Lê a Emenda.)
Em votação a Emenda nº 03 ao PLE nº 057/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADA com a
abstenção dos Vereadores Pedro Ruas, Fernanda Melchionna e Reginaldo Pujol.
Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Mario Fraga, o PLE nº 057/10. (Pausa.) Nós vamos reabrir o
painel, porque houve uma desconexão. O Ver. Mario Fraga solicita que eu vote;
eu gostaria muito de votar, votaria com os municipários, porque essa é uma luta
histórica nossa, mas estou impedida de votar pelo Regimento. O meu coração está
com vocês. (Palmas.)
Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Mario Fraga, o PLE nº 057/10.
(Pausa.) (Após apuração nominal.) APROVADO,
por 33 votos SIM e nenhum voto NÃO.
(Manifestações nas
galerias.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Parabéns ao
conjunto dos municipários, parabéns a esta Casa! Tenho certeza de que haverá
alternativa para o Hospital Porto Alegre, e nós, com certeza, teremos mais
qualidade no trabalho dos municipários. Parabéns ao Simpa pela belíssima
construção com esta categoria valorosa. Um abraço e um bom ano para todos nós!
O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, apenas para
justificar a ausência do Ver. DJ Cassiá na votação: ele acompanha o voto da
Bancada, que é “sim”. Ele está em uma audiência neste momento. Obrigado.
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Está registrado, Ver. Nilo. Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h43min.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h49min): Estão
reabertos os trabalhos.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1387/10 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 002/10, de autoria da
Mesa Diretora, que altera o inc. IV do art. 68 da Lei Orgânica do Município de
Porto Alegre, dispondo sobre a licença-gestante de vereadoras.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Pedro
Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação
do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. João
Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Paulo
Marques: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Adeli
Sell: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver. Dr.
Raul: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- discussão geral nos termos do art. 129 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 04-10-10.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PELO nº 002/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Está encerrada a
discussão em 1ª Sessão do PELO nº 002/10.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 3950/10 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 043/10, que
desafeta da destinação de uso comum do povo próprio municipal para fins de
regularização fundiária e autoriza o Município a doá-lo ao Departamento
Municipal de Habitação (DEMHAB).
Parecer Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral Ver. Engenheiro
Comassetto: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 30-12-10.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PLE nº 043/10. (Pausa.) O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir
o PLE nº 043/10.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu quero, discutindo esta matéria, louvar
e enaltecer o Parecer do Vereador, que não está presente, fica melhor assim
para elogiar. O Ver. Comassetto, numa síntese, em três parágrafos, deu uma bela
orientação para o encaminhamento do Projeto.
Diz o seu Parecer
(Lê.): “A douta Procuradoria desta Casa, em seu Parecer Prévio, disse que a
matéria objeto da proposição se insere no âmbito de competência municipal,
inexistindo óbice legal à sua tramitação. Contudo, sinalou que o Processo não
contém elementos relativos ao imóvel objeto da doação (título de domínio da
área, etc).” Ou seja, não havia documento que comprovasse a titulação, por parte do
Município, do imóvel que está passando para o Departamento Municipal de
Habitação; um ajuste entre a Centralizada e uma autarquia. Diz ainda o parecer
(Lê.): “Sobreveio, então, a pedido do Líder do Governo, justificativa do DEMHAB
a respeito da não existência de título de domínio da área da praça a ser
desafetada, onde aduziu que as áreas de uso comum do povo, dentre as quais as
vias e praças, passam ao patrimônio municipal pelo instituto do concurso
voluntário, passando a integrar o domínio público. Disse, também, que com a
averbação da lei será gerado um título, já que o bem passa a ser dominical, e
este bem, então, será objeto de doação a ser legislativamente autorizada”.
Parece confuso, mas, é claro, são providências
absolutamente necessárias na ordem legal. Finalmente, diz assim: “No
entendimento deste Relator-Geral, o presente Projeto possui mérito, visto que
se trata da regularização do Loteamento Lavoura, área ocupada há mais de vinte
anos, e se enquadra no rol das competências regimentais das Comissões.
Outrossim, o Projeto em epígrafe não implica custos ao Erário Municipal”. Recomenda,
por conseguinte, a aprovação. Então, vejam que essa matéria está bem
esclarecida; na sua tramitação, inclusive, num determinado momento, acompanhava
o chamado “processo azul”, que é o processo administrativo, que trazia uma
série de esclarecimentos.
O parecer prévio não é tão simples e é da lavra do
Procurador Cláudio Roberto Velásquez, parecer de quase uma folha inteira com
letras miúdas, trazendo boas lições de Direito, mais os esclarecimentos
juntados pelo Departamento Municipal de Habitação, que são consistentes,
satisfatórios. E nós, com a maior tranquilidade, sem a menor preocupação,
podemos aprovar essa proposição do Executivo, eis que inexistem impedimentos de
ordem legal e, mais do que isso, é meritório por ensejar a possibilidade da regularização
de uma área da Cidade, o famoso Parque Lavoura, que, como diz o relatório, há
mais de vinte anos - eu diria que há mais de trinta anos - é ocupado de forma
irregular. Era isso, Srª Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais quem queira discutir. Em votação o PLE
nº 043/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h56min): Encerrada a Ordem do Dia.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, em relação à homenagem ao Jornal do Comércio pelos seus
78 anos, eu também queria que fosse entregue, nesse dia, o Troféu Câmara de
Porto Alegre.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Dib, está acolhida a sua solicitação. Eu peço
que a sua assessoria acerte com o Setor de Relações Públicas da Casa esse
detalhe.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0112/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 006/11, de autoria do
Ver. Dr Raul Torelly, que altera o art. 8º da Lei nº 8.871, de 4 de janeiro de
2002, que dispõe sobre a condução de animais da espécie canina no Município de
Porto alegre e dá outras providências, determinando que, nas praças e nos
parques públicos municipais, seja definido espaço destinado à livre circulação
e permanência de cães.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, hoje eu tomei conhecimento de que a “rádio-corredor” informava que
eu estava deixando a Câmara ao mesmo tempo em que deixava um testamento, ou
seja, fazer com que, nas segundas-feiras, as Sessões fossem à noite, e que a
iniciativa havia sido minha. Bem, o Projeto não é meu, é de 2005, e, quando
esse Projeto passou pelas minhas mãos na CEFOR, eu solicitei diligências à
Direção-Geral da Casa, perguntando: “Quanto custará, em horas extras, essa
proposição? Quantos servidores que devem estar presentes, caso atendida a
proposição, estudam à noite? Como será a segurança dos servidores, que
passariam a deixar a Casa em torno das 23 horas?” E solicitei que qualquer
outra implicação que a Direção entendesse ser importante que informasse à
CEFOR.
E aí o Projeto tramitou por toda Casa: passou pelo
Setor de Transportes, que disse que necessitaria de quatro motoristas; passou
pela SSA, que fez alguns questionamentos ao Setor de Portaria; passou pelo
Setor de Portaria, que salientou o aumento do pagamento de horas extras,
dizendo que os funcionários já ultrapassavam as 72 horas, limite de horas
extras, e que essas aumentariam para 120 horas. A DAC, por sua vez, disse que
seria necessária a convocação de outros servidores, como telefonistas, garçons,
copeiros, serviços de limpeza, todos ligados ao SSA, além do Grupo de Eventos,
pois eles não seriam suficientes para o atendimento de todas as necessidades da
Sessão Plenária juntamente com as outras atividades que normalmente ocorrem na
Casa e, costumeiramente, como bem salienta o Chefe de Setor de Portaria, já
extrapolam os horários de cobertura das horas extras realizadas.
O Serviço de Obras e Manutenção disse que o número
de servidores necessários continuaria o mesmo, mas teceram outras considerações
que julgaram oportunas, como, por exemplo, que haveria, nas segundas-feiras, um
aumento do consumo de energia elétrica e assim por diante. O
Diretor-Administrativo também se manifestou, dizendo que, ocorrendo a alteração
proposta, haveria um aumento significativo do número de horas trabalhadas pelos
funcionários que desempenham atividades atreladas ao desenvolvimento das
Sessões Plenárias, ultrapassando, inclusive, os limites já estabelecidos para a
realização das horas extras pelos servidores que integram o Grupo de Eventos.
Há de ser considerado ainda o aumento das despesas decorrentes de consumo
elétrico e transporte dos funcionários no final de cada Sessão. Por fim, há um
número de funcionários que prestam serviços afetos ao plenário e que estudam à
noite.
Enfim, passou por toda Casa, e isso fez com que eu
emitisse o meu Parecer, que, evidentemente, foi contrário (Lê.): “O objetivo do
Projeto, consoante se vê na ementa e na exposição de motivos, é fazer com que
as Sessões Ordinárias das segundas-feiras iniciem às 18h, em vez de às 14h
atuais, justificadamente porque um grande número de Câmaras do interior do
nosso Estado realiza suas Sessões sempre à noite ou, ao menos, uma sessão
semanal à noite, de maneira a possibilitar, segundo o entendimento da
proponente, que haja o favorecimento de uma parcela de cidadãos que querem
acompanhar o trabalho legislativo. A proposição começou a tramitar em outubro
de 2005, recebendo, na Comissão de Constituição e Justiça, Parecer pela
inexistência de óbice.”
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Desculpe-me, mas eu não marquei o seu tempo, então
peço-lhe que conclua em um minuto. Marquei no relógio, mas não no painel.
Obrigada.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Eu não falei cinco minutos.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Estou lhe dando mais um minuto.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Se não marcou, eu não tenho culpa, Srª Presidente. Eu, inclusive, olhei
e percebi que não estava marcado o tempo. Bom, de qualquer forma, não tem
problema. Eu só quero dizer o seguinte: a proposição, na CUTHAB, foi pela
rejeição; na CECE, pela aprovação; na CEDECONDH, pela aprovação; na COSMAM,
pela rejeição.
Este ano, perguntado se poderia ser às
segundas-feiras, eu ainda brinquei: “Puxa, segunda-feira é meu dia de ver o
bangue-bangue”. Não me manifestei, mas procurei funcionários e disse: “Vocês
precisam saber que há estudantes, mães que têm filhos de um, dois, três, cinco
anos e que precisam ver os filhos de noite, e há o problema do transporte”. Eu
avisei a todos. Agora, hoje fiquei surpreso: que eu propusesse isso? Não, eu
não proporia nunca. Eu não me opus, eu vou ser absolutamente sincero, eu apenas
disse que deixaria de ver o meu bangue-bangue das oito horas, e ficou nisso o
meu comentário. Não lembrava, sinceramente, que eu já havia me manifestado e
havia pedido, por escrito, o estudo da Direção-Geral da Casa. E a Direção-Geral
da Casa, com seu estudo, levou a proponente a retirar o Projeto da Ordem do
Dia. Retirado da Ordem do Dia, volta agora. Estou colocando que tenho a mesma
posição, pois agora já tenho o que a Casa disse naquele momento.
Portanto quero cumprimentá-la, Srª Presidente,
entendo as suas intenções, sei que procura o melhor para a Casa, mostrar mais e
trazer mais público para a Câmara, mas a minha opinião, depois de voltar a ler
o que me foi fornecido pela minha assessoria, é exatamente a mesma. Fique bem
claro que eu nunca propus esse Projeto. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O painel está me atraiçoando, por isso não
consegui marcar o seu cronômetro.
A Verª Maria Celeste está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. MARIA
CELESTE: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, na
realidade, pedi ao nosso Líder, o Ver. Mauro Pinheiro, a gentileza de fazer uma
intervenção de Liderança do Partido neste momento, para fazer um relato da
reunião da CEDECONDH, a qual presido. Dei-me conta agora, Srª Presidente, de
que precisamos fazer um ajuste no Regimento, para que haja um espaço na Sessão
Plenária em que os Presidentes das Comissões possam fazer intervenções sobre os
temas polêmicos que têm trabalhado todas as semanas nas Comissões.
Ontem, Ver. Professor Garcia, Presidente da CECE -
tive a honra da sua presença na nossa Comissão -, nós tratamos de um tema
extremamente importante na Cidade, que é a questão da homofobia. A partir de um
caso pontual - e aqui ninguém quer acusar ninguém, há os devidos processos
legais a serem cumpridos, do ponto de vista de delegacia, do processo civil,
enfim, jurídico, tramitando nesse sentido -, a partir de um relato da
proprietária de um bar no bairro Cidade Baixa, do Passefica, percebemos a
possibilidade de, em cima de reiteradas denúncias contra aquele bar, haver um
conteúdo de discriminação, preconceito e até mesmo de homofobia no que tange às
denúncias contra aquele bar. As denúncias dizem do não cumprimento do horário
para o fechamento e também da permanência das mesas e cadeiras na calçada além
do número permitido pela lei municipal que aprovamos nesta Casa, Ver. Brasinha,
quando V. Exª, inclusive, fez uma Emenda no sentido de protelar um pouco mais o
horário do fechamento dos bares no bairro Cidade Baixa, um conflito que temos
vivenciado aqui há muito tempo.
A proprietária foi notificada - o Ver. Mario Fraga
acompanhou toda a nossa Reunião - de que deveria retirar as mesas e de que
estaria na iminência da perda do seu Alvará de funcionamento. Para nossa
surpresa, sobre os passos que a própria Secretaria de Indústria e Comércio
deveria ter seguido, parece que não houve o devido processo legal. Havia uma acusação
de poluição sonora, poluição ambiental, poluição visual e de mau cheiro do bar
- uma questão sanitária, especificamente da Saúde -, o que não havia sido
verificado anteriormente, e não há sequer um laudo técnico sobre essas
denúncias colocadas. Tivemos a grata satisfação de ver que o Secretário,
sensível a essa situação, irá verificar e aguardar o laudo para tomar as
devidas providências legais.
Mais do que a isso, a Comissão esteve muito atenta
ao caso de homofobia, ou o caso de discriminação e preconceito que ainda há na
cidade de Porto Alegre. Diante dessa situação, nós nos propusemos a fazer um
debate com a sociedade civil de Porto Alegre, um grande debate para combater a
discriminação e o preconceito. Esta Casa, por sua Presidência, também se comprometeu,
dentro da linha que a Presidente tem adotado, a trazer as leis que nós mesmos
elaboramos aqui na Câmara na defesa de direitos, para que a sociedade delas
tome conhecimento. Nós solicitamos à Presidência que faça uma grande campanha -
como a que está sendo feita agora pela defesa dos direitos da criança e do
adolescente, trazendo a eleição do Conselho Tutelar na Cidade -, com outdoors, com panfletos e outras
atividades, no combate à discriminação, ao preconceito e à homofobia.
Porto Alegre tem que se preparar para a Copa de
2014 e não pode ter atitudes rancorosas, preconceituosas em cima de questões
tão importantes como o livre comércio e como a livre orientação sexual. Estamos
de parabéns, todos os Vereadores da Comissão, quando conseguimos, a partir de
um caso pontual, trazer um debate tão importante sobre cidadania e direitos
humanos na cidade de Porto Alegre. Obrigada, Srª Presidente.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. LUIZ
BRAZ: Srª Presidente, como Presidente da Comissão de Inquérito que está
averiguando problemas na Secretaria da Juventude, nós marcamos para amanhã uma
visita à 2ª Vara Criminal, para onde o Processo havia sido remetido, depois que
ele saiu do Ministério Público. Acontece que, nesse prazo tão curto da visita
que nós fizemos ao Ministério Público para agora, a 2ª Vara Criminal já foi
colocada como incompetente para o Processo, e a competência foi dada para a 1ª
Vara Criminal. Por isso a visita que nós iríamos fazer amanhã à 2ª Vara
Criminal não vai acontecer; nós vamos apenas averiguar a tramitação desse
Processo, que volta agora ao Ministério Público, para depois, novamente,
marcarmos alguma coisa com a Comissão.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado, Ver. Braz. Parabéns pelo trabalho,
que está se desenvolvendo muito bem.
O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, depois que o Ver. João Dib teve a oportunidade de falar em
Liderança por quase dez minutos, eu gostaria também de ter esse tempo. Ver.
Dib, acho que foi, praticamente, como se V. Exª falasse em Grande Expediente.
Eu venho a esta tribuna, Ver. Cecchim, falar de
cinco Secretarias que estão trabalhando muito bem nesta Cidade, muito bem! Na
SMAM, quando estava o Professor Garcia, eu era muito bem atendido, às vezes
pelo telefone, e agradeço a ele por sempre ter tido esse bom tratamento. Isso
não foi uma e nem duas vezes, o Professor Garcia sempre esteve à disposição. Eu
achei que, quando o Professor Garcia saísse de lá, poderíamos ter um problema,
mas como este rapaz, o Luiz Fernando Záchia, está trabalhando! Ele sempre abre
a sua agenda e recebe a comunidade, recebe o Vereador e todas as pessoas que
precisam. Que belo trabalho está fazendo, como o Professor Garcia fez.
As pessoas que andam pelas ruas veem que estão
acontecendo coisas boas na Cidade. O DMLU está com uma equipe grande
trabalhando na rua, eles trabalham até fora de horário, Vereadores Cecchim e
Nilo Santos! O Secretário Mário Moncks tem trabalhado pela Cidade
diuturnamente. Vemos que as pessoas só reclamam, mas, quando as coisas estão
acontecendo, ninguém vem dar aquele elogio que merece o Secretário, como ocorre
com o DMLU, que sempre é massacrado, serve de chacota; dizem que o DMLU não
limpa a Cidade, mas ele vem limpando a Cidade. Tenho muito respeito pelo seu
trabalho, o Secretário Moncks.
Ver. Dib, que belo trabalho o Secretário Cappellari
está fazendo nesta Cidade! Onde estiver, ele atende o celular e abre espaço em
sua agenda, imediatamente, para quem quiser falar com ele. Eu só conheci uma
Secretaria que fazia isso: a SMIC, quando o Ver. Idenir Cecchim, meu querido
amigo, trabalhava lá, sendo que, a qualquer horário, ele me recebia. E assim o
Secretário Cappellari está fazendo na Cidade. Ele abriu a Rua Ramiro Barcelos,
coisa que tanto eu cobrava aqui, e hoje está funcionando. Eu só gostaria que o
Secretário tirasse o estacionamento de um lado dessa rua, porque daria a
possibilidade de andar por duas pistas.
Coisas boas estão acontecendo na Cidade, só não vê
quem não quer. O Secretário Cássio Trogildo, da SMOV, companheiro do meu
Partido, é um exemplar Secretário, Ver. Mario Fraga; é um Secretário que
trabalha pela Cidade e não vê Partido, não vê oposição, atende a todos
igualmente, está atento às questões da Cidade. Estou fazendo referência a estas
Secretarias, que tanto trabalham pela Cidade - EPTC, SMOV, DMLU e SMAM. Em nome
do meu Partido, dos Vereadores do PTB, quero dizer que me sinto muito honrado
em fazer esse elogio para esses Secretários. Quantas vezes foram cobrados nesta
tribuna? Quantas vezes eu vi gente os cobrando? Mas eu não vi um Vereador
elogiar quando um Secretário faz uma obra que deveria fazer lá vila. O
Secretário toma uma atitude, vai lá e faz, e aí ninguém fala, que é o que
deveria ser feito. Isso é igual à imprensa, que cobra da gente, mas, na hora em
que fazemos as coisas, não mostram!
Para finalizar, Verª Sofia Cavedon, queria dizer
que o Sr. Diretor do DEMHAB, querido Humberto Goulart, também faz um trabalho
impressionante. Ele abre as portas da Secretaria para todos nós! Ver. Elias,
quantas vezes o senhor esteve lá? Ver. Comassetto, quantas vezes esteve lá?
Ver. Adeli, o Humberto Goulart não faz separação; para ele, não há oposição:
ele só vê o bem para Cidade, e a Cidade cresce.
Quero que haja mais Secretários para eu falar.
Temos este Prefeito maravilhoso, o Fortunati, que está fazendo um trabalho
espetacular pela Cidade, está preocupado com Porto Alegre. Certamente, a Copa
de 2014 vai avançar muito com o Prefeito José Fortunati. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, ilustres colegas Vereadores,
hoje subo mais uma vez a esta tribuna com o intuito de abordar dois temas. O
primeiro se refere à Reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente de ontem e ao
extremo eco que teve essa Reunião na Cidade. É claro que está aí implícito o
desejo coletivo de construção de uma alternativa diferente, de um modal
diferente de transporte, uma alternativa nesse sentido. Discutimos ontem a
questão do transporte hidroviário. Por que na Comissão de Saúde? Porque, sem
dúvida nenhuma, a Cidade clama por um meio de transporte coletivo menos
poluente e sustentável, menos poluente principalmente porque as mudanças que
devem ser feitas no meio ambiente são mínimas quando se refere ao modal
fluvial. No jargão da população, “para o barco, a estrada já está construída”.
Claro que esse meio de transporte deve ser interligado com outros modais; claro
que ele necessita de um Estudo de Viabilidade Urbanística, ambiental e
econômica, mas ele tem tudo para ser uma alternativa para Região Sul e
Extremo-Sul de Porto Alegre.
Quando a gente discute o transporte coletivo e
discute o que o Ver. Brasinha veio conversar hoje, sobre a Copa do Mundo, a
gente observa que, entre a nova Arena do Grêmio e o Beira-Rio, está a maioria
das conjeturas em termos de alternativas do transporte coletivo. Quando se fala
em metrô, fala-se desses dois locais, e é fundamental - temos certeza de que o
Prefeito tem sensibilidade para isto - também pensar na Zona Sul e no
Extremo-Sul nesse sentido - Belém Novo, Ponta Grossa, Lami, Restinga, Ipanema e
adjacências.
Esteve aqui o Secretário Cappellari, esteve aqui o
representante da SMAM, esteve aqui o representante da SPM, que têm estudos
concretos a partir de um Grupo de Trabalho, chamado GT Orla. Então, é
fundamental que possamos, neste Legislativo, também pautar esse tema. A
Metroplan já tem um trabalho construído nesse sentido, porque já está fazendo a
travessia Porto Alegre-Guaíba, já tem know-how
nessa matéria. Então, é importante que possamos acompanhar isso, e essa foi uma
das sugestões da Comissão. outra sugestão é de que possamos fazer uma viagem
experimental pelo rio ainda em março.
Além disso, quero destacar, sublinhar com caneta
vermelha, colorida, o posicionamento da Bancada do PDT na Assembleia
Legislativa. A Bancada do PDT foi a única Bancada na Assembleia Legislativa que
assinou, unida, a solicitação da PEC para que os profissionais da Fugast que já
exercem trabalho há muitos anos no Estado, alguns deles cedidos ao Município,
possam continuar as suas atividades sem prejuízo ao atendimento da população de
Porto Alegre, da população do Interior e principalmente da população atendida
no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas. Lá temos 288 servidores da
Fugast, e, por uma decisão judicial, a tendência é de que estejam saindo a
partir do dia 8 de março. Quero dar felicitações, quero desejar grande êxito
aos Deputados Gilmar Sossella, Adroaldo Loureiro, Juliana Brizola, Burmann,
Basegio, ao Marlon, enfim, a todos; que realmente possam ter êxito...
(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vossa Excelência pode concluir seu pronunciamento.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Obrigado, Verª Sofia. “Hay que
endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.” É assim, com ternura, que a
senhora, amavelmente, me concede este tempo. Agradeço-lhe profundamente por
poder completar meu raciocínio.
Então, quero desejar pleno êxito a esses Deputados,
quero dizer que, na Câmara, somos solidários a essa iniciativa, que realmente
possam lograr êxito, para poder ajudar a não desconstituir aquilo que está
feito e, assim, manter a Saúde de Porto Alegre e do Estado com esses quase 500
servidores, 288 só no Presidente Vargas. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, o dia de hoje, 23 de fevereiro, assinala mais um aniversário do
Rotary International, entidade fundada em 1905, hoje espalhada por todos os
quadrantes do mundo. Como uma organização internacional, reúne cerca de 1,2
milhão de empresários, profissionais liberais, líderes comunitários, pessoas
atuantes em suas respectivas comunidades. Estão espalhados no mundo inteiro,
prestando serviços humanitários, fomentando um elevado padrão de ética em todas
as posições e ajudando a estabelecer a paz e a boa vontade no mundo.
Aqui em Porto Alegre, no dia de hoje, vários
rotarianos se reuniram no Clube do Comércio, tradicional sociedade
porto-alegrense, e lá festejaram o 106º aniversário do Rotary International.
Houve uma palestra proferida por uma ex-governadora do Rotary Club do Rio de
Janeiro, e essa promoção foi encampada pela governadora Alice Polacchine, do
Distrito 4.680, e pelo companheiro Eduardo Werneck,
do Distrito 4.670. Essa promoção serviu para promover e reafirmar a aproximação
e o companheirismo entre as mais expressivas lideranças do Rotary na cidade de
Porto Alegre, Ver. Elias.
Eu tive oportunidade de lá comparecer,
na condição de rotariano e ex-presidente do Rotary Club Partenon, e reafirmar,
com os companheiros rotarianos, os nossos compromissos com o desenvolvimento do
companheirismo como elemento capaz de proporcionar a oportunidade de servir -
um dos objetivos fundamentais do Rotary, complementado pela busca constante da
melhoria da comunidade, pela conduta exemplar de
cada um na vida pública e privada, capaz de promover a interação social que a
solidariedade recomenda.
É lógico que a busca
permanente da aproximação dos profissionais de todo o mundo visando à
consolidação das boas relações, da cooperação e da paz entre as nações, é o
objetivo permanente, algo que foi perseguido ao longo do século, já
ultrapassado, e cuja realização tem, obviamente, sofrido alguns percalços,
especialmente em determinadas áreas do mundo, gerando uma guerra fria, com
todas as suas consequências. Por isso, neste dia, eu quero inserir nos Anais da
Casa este pronunciamento de integração a todo esse movimento, que, em mais de
uma centena de países do mundo, hoje é realizado e que tem por objetivo
consolidar, mais ainda, os ideais de Paul Harris, fundador do Rotary em
Chicago, no longínquo 23 de fevereiro de 1905.
Aos companheiros do
Rotary, a quem, na Assembleia Legislativa, saudei, quando do seu Centenário, faço
a saudação no dia de hoje com a minha manifestação de integração solidária
nesse movimento, que já erradicou a poliomielite no mundo e que hoje luta pela
erradicação do analfabetismo como um objetivo a ser seguido. Era isso.
Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Toni Proença
assume a Presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Dr.
Raul Torelly está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. DR. RAUL TORELLY: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, colegas que nos
ouvem, pessoas que nos visitam, só para registrar que está em 1ª Sessão de Pauta Projeto de minha autoria que visa basicamente ao conforto e ao
bem-estar das pessoas e também dos animais da espécie canina, em geral, da
cidade de Porto Alegre. Eu fui procurado por pessoas que reivindicam que haja,
nos nossos parques e praças, espaços definidos onde os cachorros - não aqueles
violentos, que são excepcionalizados dentro do processo e que devem usar
focinheira quando lá estiverem -, claro que vacinados, possam ficar sem guias e
transitar livremente. Essas áreas, inclusive, podem ser adotadas pela
cidadania, por empresas, para que se possa dar uma qualidade melhor para os
animais, que precisam estar livres pelo menos por alguns espaços de tempo, para
que possam conviver bem com os seus próprios donos, e para os donos, pois
muitos deles moram em apartamentos e têm dificuldades em levar seus animais a
lugares onde realmente eles se sintam livres, sintam-se mais queridos. Espaços
similares já existem - apenas há um espaço na Cidade, na Redenção - em São
Paulo, Belo Horizonte e em outras cidades do País, onde tem havido um bom
resultado.
Então, o objetivo
deste Projeto, que é singelo, é que ele pode, para um grupo de pessoas,
significar um conforto maior na atenção aos seus animais. E é bom também para
os próprios animais, na convivência que têm entre si. O Projeto está começando
a sua tramitação aqui na Casa. Espero que flua com rapidez e que nós possamos
estabelecer, em parques e praças da nossa Cidade, esse tipo de espaço, para que
a relação entre os proprietários e os cães realmente consiga se constituir,
proporcionando um ambiente saudável, um ambiente de parceria entre os
proprietários, entre os animais. A gente, em alguns pequenos espaços na Cidade,
hoje, informalmente, já detecta isso, mas gostaríamos que fosse disponibilizado
à cidadania esse espaço, para que se possa fazer isso de uma maneira mais ampla,
mais efetiva.
Acreditamos que a SMAM deva participar desse
processo, uma vez que é a Secretaria que trata das nossas quase seiscentas
praças e oito parques, sem falar das nossas áreas de reserva ambiental. Então,
a SMAM deve ser incluída de uma maneira forte, para que ocorra essa parceria
com o Legislativo, através de um projeto de lei que possa se transformar em
lei, levando o cidadão a ter uma facilitação junto à nossa Secretaria Municipal
de Meio Ambiente, para que se consiga constituir esse espaço diferenciado.
Tenho certeza de que o Projeto vai contribuir tanto
para a parte física dos animais como para a parceria entre os seus donos,
criando um ambiente emocional favorável entre tantas pessoas que gostam de
animais, que cuidam do seu animal, que estão sempre com eles no seu dia a dia e
que têm dificuldade, muitas vezes, de proporcionar ao animal um ambiente
melhor, mais saudável, em que possam conviver livremente. Então, é objetivo da
ciência para a sociedade este Projeto. Esperamos o apoio dos colegas, sempre
buscando uma saúde melhor para todos nós. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, eu nem ousaria, no período de
Pauta, fazer o pronunciamento que fiz, porque a Pauta é exclusiva aos assuntos
nela constantes. Hoje o assunto fundamental da Pauta é a proposta do Ver. Raul
Torelly que altera o art. 8º da Lei nº
8.871, de 4 de janeiro de 2002, que dispõe sobre a condução de animais da
espécie canina no Município de Porto
Alegre. Para se falar nesse Projeto, importa conhecer o teor do art. 8º da lei
referida, que está sendo alterada. Diz o art. 8º (Lê.): “Fica autorizado o
Executivo Municipal a destinar espaço no Parque Farroupilha para a livre
circulação e permanência de cães, exceto os previstos no caput do art. 1º, devendo-se considerar o porte dos animais”. Ora,
essa lei é de 2002. Como vigora plenamente, sancionado que foi pelo Prefeito
Tarso Genro, hoje Governador do Estado, não há o que se discutir.
O que se discute é a
nova redação dada ao art. 8º, que tem o seguinte teor (Lê.): “Nas praças e nos
parques públicos municipais será definido espaço destinado à livre circulação e
permanência de cães, sem o uso de guia e coleira”. Onde está a grande
transformação? É que o art. 8º, na redação hoje vigorante, é exclusivo ao
Parque Farroupilha, não se refere, obviamente, ao Parque da Harmonia, ao Parque
Marinha do Brasil, ao Parcão, enfim, a outros parques da Cidade, a outras
praças da Cidade, por assim dizer. Então, a discussão tem de ser retomada em
nível de abrangência da lei hoje vigorante. Eu, honestamente, passo a dela me
interessar, até porque aprendi muito cedo que o cão é o melhor amigo do homem.
O meu pai dizia, até com muita propriedade, que é preferível ter um cachorro
amigo do que um amigo cachorro. Eu tive um cão que me acompanhou em toda a
minha infância, tenho muito carinho pelos animais. E fiquei feliz no dia em que
eu vi o meu filho, na época, um menino, chorar, porque não podia ter ficado com
um cão na nossa casa, porque era impossível ficar com um cachorro dentro de
um apartamento. Criança que não gosta de animal, que judia de animal - escrevam
- não vai ser boa pessoa quando ficar adulto. Especialmente se esses animais
forem mais familiares nossos, domesticados há mais tempo.
Acho que a proposta do Ver. Dr. Raul Torelly,
apesar de simples, singela, tem muita importância, e eu quero participar dessa
discussão, Vereador, porque, honestamente - e nós vamos ter mais ensejo de
conversar em outras ocasiões -, eu tenho um certo temor de que esses animais,
fora da coleira, absolutamente livres num parque, possam, eventualmente, até
por serem surpreendidos ou por viverem algum tipo de surpresa, ocasionar algum
tipo de transtorno. Como é muito melhor prevenir do que remediar, eu vou
participar, Ver. Dr. Raul, em profundidade da discussão e da formulação final
desse Projeto, tentando contribuir para a sua aprovação e, se for necessário,
sugerindo alguma alteração. Era isso.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para discutir
a Pauta. (Pausa.) Desiste.
O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Ilustre Ver. Toni Proença, talvez um dos mais
equilibrados Vereadores; Ver. Toni Proença, o homem do consenso; subo a esta
tribuna para me manifestar, Ver. Dr. Raul, favoravelmente à sua iniciativa que
versa sobre a condução de animais, cães, e dá outras providências, disciplina
essa matéria. Muitas vezes a gente observa que projetos que podem parecer, num
primeiro momento, singelos são de extrema importância, Dr. Raul. E isso nós
temos observado em diversas outras ações. Realmente, os animais, os cães
principalmente, devem ter disciplinado o seu trânsito, principalmente em locais
públicos. Isso também muito em função de algumas espécies. Eu não seria
preconceituoso a esse ponto, mas a gente sabe que alguns animais podem ter uma
gênese mais agressiva do que outras.
Nós, no ano passado - e o senhor estava junto -,
visitamos o canil municipal. Lá observamos que alguns animais eram mantidos
segregados do convívio da comunidade canina, muito em função da sua índole, da
sua gênese. E é isso o que V. Exª tenta disciplinar, como o uso da coleira,
enfim, algumas ações para o bom convívio social. A liberdade de um termina onde
começa a liberdade do semelhante. Muitas vezes a gente observa uma exacerbação
desses animais. Quero dizer que lá nos manifestamos completamente contra -
Vossa Excelência estava junto - o extermínio dos animais. O que temos que ter,
e o Município parece que está avançando nesse sentido, é um processo de
controle de natalidade. Ver. Dr. Raul, nós queremos planejamento familiar para
o ser humano, para que ele possa decidir, de forma livre e consciente, quantos
filhos vai ter. E queremos, sim, controle de natalidade para os animais
irracionais, como, por exemplo, os cães, para evitarmos a violência em relação
a alguns animais mais exacerbados. Eu não vincularia isso a raças específicas.
A gente sabe que muita gente ainda faz essa correlação, eu não vincularia isso,
mas alguns animais, realmente, tem uma índole mais agressiva. Nós sabemos que,
dentro da medicina veterinária, alguns tratamentos indicados para cachorros
mais agressivos incluem a retirada das gônadas, dos testículos, ajudando como
planejamento familiar e como forma de ele diminuir a violência.
Então, queremos aproveitar o ensejo para nos
manifestar completamente contra o extermínio dos animais, mesmo dos mais
violentos, mas completamente a favor dessas ações de controle de natalidade,
que têm sido desenvolvidas pelo Município e têm tido um auxílio muito grande da
Carris, que, sob a direção do Ver. Pancinha, impulsionou esse processo. Nas
vilas populares, infelizmente, na periferia da Cidade, observa-se uma
proliferação muito grande desses animais, algo que precisa ser disciplinado,
assim como o convívio social. Parabéns, Ver. Dr. Raul Torelly, pelo seu
Projeto, somos solidários a essa sua iniciativa.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): Não havendo mais inscrições e não tendo mais nada
a tratar nesta Sessão, damos por encerrados os trabalhos da presente Sessão.
Agradecemos a todos os servidores que nos ajudaram a organizar e executar esta
Sessão. Convocamos todos para a Sessão Ordinária de manhã, às 14 horas.
(Encerra-se a Sessão às 17h47min.)
* * * * *